Uma das minhas maiores preocupações em relação à cobertura do aniversário da balada 1007, que comemorou sete anos com uma festa no Music Park, em Florianópolis, neste sábado (16), não era o look (fez sol, calor, chuva e frio no mesmo dia) muito menos o fato de estar trabalhando, sozinha, em uma festa open bar. Meu medo era de ser a tia do rolê.
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Não que eu me sinta tão velha assim, afinal tenho apenas 26 anos. Mas já me formei há quase cinco e nunca fui de frequentar muito as tradicionais festas universitárias regadas a vodca, refri e energético. É normal que o pique diminua com a aproximação dos 30, e a média de idade do público que frequenta esse tipo de balada é de 19 anos. Chega um momento em que você começa a preferir barzinhos a baladas. O horário da festa, que começou às 17h e terminou às 23h, atraiu-me.
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Além disso, o 1007 tem um lugar especial no meu coração. Restaram algumas lembranças das festas que curti por lá nos meus tempos de estudante. Por isso, apesar de achar que tia do rolê estava escrito na minha testa, fui decidida a me divertir como se eu fosse uma jovem universitária cheia de energia.
VÍDEO: Confira como foi o 1007 Festival
Primeiro passo: beber vodca com guaraná (nem bebo refrigerante, mas abri uma exceção) e a tal da catuaba. Não que meu paladar seja tão refinado assim, mas, ok, é o bastante para que eu prefira cosmopolitans e um vinho seco a qualquer mistura barata. Mas o resultado foi positivo: gostei da catuaba de açaí. Obrigada a quem me alertou que a ressaca não é das melhores.

Segundo passo: curtir a festinha. Gostei do DJ que tocou a música de Frozen e Britney Spears. A banda Quadrijet apresentou as músicas que, pelo menos na “minha época”, tocam em todas as festas metidas a alternativas da cidade: Last Nite, do The Strokes, e Are you gonna be my girl, do Jet. Nada como se sentir em casa com canções que marcaram sua adolescência. Completaram o set list músicas de Franz Ferdinand e White Stripes, para a felicidade desta repórter.
Mas todos estavam mesmo ansiosos pela MC Carol, funkeira de Niterói que essa semana foi notícia com seu trap funk Delação Premiada. Confira um papo com a cantora aqui.
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Terceiro passo: se enturmar. Tentei fazer amizade com pessoas que provavelmente nunca mais verei na vida. Aceitei convites para descer até o chão, ajudei uma garota que havia bebido demais e tirei selfies com desconhecidos.

Eram ainda 21h e todos já estavam mais pra lá do que pra cá. Quando o relógio marcou 23h, alguns corajosos seguiram para mais um open bar na própria 1007, no Centro da cidade. Deixei passar esse after, pois a juventude tem limites. Mas até que peguei gosto pela coisa: quem sabe na próxima eu não troque o barzinho pela balada.