Deflagrada nessa terça-feira (19), a operação “Bicho Impossível”, que apurava crime de lavagem de dinheiro com recursos provenientes da exploração do jogo do bicho em Santa Catarina, resultou na apreensão de 36 máquinas de bichos de pelúcia, que eram utilizadas para lavagem de dinheiro.

A investigação foi feita pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV/DEIC) e pela Polícia Científica de Santa Catarina.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

De acordo com as investigações, os suspeitos lucravam com o jogo do bicho e utilizavam máquinas de captura de bichos de pelúcia como forma de lavagem do dinheiro, dando uma aparência de “licitude” à prática, além de usar as mesmas máquinas para cometer outros crimes.

FOTOS: Operação Bicho Impossível investiga lavagem de dinheiro em jogo do bicho em SC

O delegado Jeferson Prado explica que 36 máquinas como esta foram interditadas para interromper as atividades ilegais. Os equipamentos estavam “viciados” de forma que, segundo o delegado: — o jogador não teria nem chance de ganhar.

Continua depois da publicidade

As máquinas de bichos de pelúcia são comuns em estabelecimentos como postos de combustível, shoppings e supermercados. Os jogadores depositam um determinado valor e têm uma chance de pegar um bichinho de pelúcia controlando uma garra dentro da máquina.

No esquema criminoso, segundo o delegado, a máquina é programada para só mandar tensão suficiente para grua (garra) depois de 35 ou 40 pulsos, ou seja somente uma vez a cada 40 ou uma vez a cada 30 o jogador teria chance de pegar o prêmio.

Dando sequência à operação “Zoológico 2”, a operação “Bicho Impossível” cumpriu mandados nos municípios de São José, Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça e Criciúma. Caso sejam considerados culpados, os investigados podem responder por lavagem de capitais, estelionato e crimes contra as relações de consumo.

Veja fotos da operação:

Confira imagens da operação

Continua depois da publicidade

*Sob supervisão de Andréa da Luz

Leia também

Megalaboratório de ecstasy em pacata cidade de SC leva dupla à prisão por até 12 anos

Quem é o servidor de Florianópolis preso por suspeita de cobrar propina para liberar obras

Os detalhes da denúncia que prendeu coach e outros médicos de Joinville e Balneário Camboriú