O Rio Grande do Sul vem sendo castigado pelas fortes chuvas há mais de uma semana. Cidades estão debaixo d´água, pessoas ficaram desabrigadas, morreram ou ficaram feridas durante a enchente, que já é considerada uma das maiores que atingiu o estado gaúcho. Assim como no Brasil, outros países pelo mundo já enfrentaram fenômenos climáticos parecidos, que causaram diversos danos. A fim de prevenir problemas maiores, países como a China, Estados Unidos, Dinamarca e algumas cidades da Europa adotaram uma estratégia chamada “parque alagável”, que visa conter e garantir a drenagem da água.

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Na Dinamarca, por exemplo, o sistema foi adotado a partir da “chuva do milênio” em Copenhague, ocorrida em julho de 2011. Na ocasião, o evento climático inundou ruas e casas. Desde então, a cidade remodela espaços públicos a fim de conter ou redirecionar as águas pluviais.

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O que são os parques alagáveis

Comumente, esses espaços desenvolvidos são criados em ambientes urbanos e abertos, e são desenvolvidos, justamente, para serem alagados com o excesso das chuvas.

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Segundo o Uol, as cidades que adotam a medida transformam a infraestrutura de concreto e asfalto — que antes era formada por grama e ao solo — e constroem o parque alagável, que é uma estrutura desenvolvida para absorver, reter e liberar a água para que ela flua para seu ciclo.

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Este sistema de drenagem é considerado sustentável e é utilizado não apenas para o escoamento da água, mas também para reduzir os impactos da urbanização nos alagamentos. Conforme cita o portal, o objetivo é usar a capacidade natural de retenção das árvores e do solo e deixar a água pluvial fluir para locais onde não seja destrutiva.

Quando recebem a água da chuva, os espaços ficam alagados e, consequentemente, deixam de ser espaços utilizados para as pessoas. No entanto, quando o nível baixa, a área pode voltar a ser usada normalmente como parque e torna-se, também, uma opção de lazer.

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Exemplos no Brasil

No Brasil, alguns parques de Curitiba são desenvolvidos para conter as águas da chuva e drená-las para que não cheguem até as áreas residenciais. De acordo com a prefeitura municipal, todos os parques da cidade foram implantados em áreas estratégicas para evitar enchentes nas regiões onde estão.

O Barigui é um exemplo, assim como os lagos dos parques São Lourenço, Bacacheri, Tingui e Atuba, que cumprem a mesma função.

Quando as fortes chuvas chegam na cidade, os rios sobem e extravasam dentro das áreas dos parques, que conseguem absorver melhor a grande quantidade e evitam enchentes em outras partes da cidade.  

A Prefeitura de Curitiba também criou parques lineares, a partir de 2003, que ficam ao lado de rios da cidade. Essas áreas verdes, conforme o governo municipal, ajudam a preservar as faixas de drenagem de rios e a prevenir enchentes.

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