O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou nesta sexta-feira que o PIB recuou 1,9% entre abril e junho, depois de já ter caído 0,7% de janeiro a março ante o último trimestre de 2014.

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O resultado colocou o país na chamada recessão técnica, que ocorre quando são registrados dois trimestres seguidos de retração na comparação com os períodos imediatamente anteriores.

Veja foi o desempenho nos principais setores da economia brasileira no período:

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INDÚSTRIA

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria caiu 5,2% na comparação com o segundo trimestre do ano passado e os dados desagregados mostram quedas acentuadas na construção civil (-8,2%), na indústria de transformação (-8,3%) e na produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-4,7%).

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A indústria extrativa mineral, que inclui petróleo e minério de ferro, foi a única a ter resultado positivo, com uma alta de 8,1% no trimestre de abril a junho.

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Na construção civil, em comparação com igual trimestre do ano anterior, a queda do PIB de 8,2% é a maior desde o quarto trimestre de 2003, quando o recuo foi de 9,8%.

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A queda do PIB da indústria ante igual período de 2014, de 5,2%, é a maior desde o terceiro trimestre de 2009, quando o recuo foi de 5,8% nessa mesma base de comparação.

SERVIÇOS

A queda do PIB de serviços recuou 0,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Ante igual período de 2014, a queda foi de 1,4%, maior da série iniciada em 1996. Com isso, a variação negativa bateu o recorde do primeiro trimestre de 2015, quando a queda na mesma base de comparação foi de 1,2%.

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Já o recuo do consumo das famílias, com queda de 2,1% no segundo trimestre de 2015, é o maior desde o quarto trimestre de 1997, quando foi de 2,8%, considerando-se a mesma base de comparação

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AGRONEGÓCIO

No setor agropecuário, o PIB teve queda de 2,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o PIB do setor mostrou alta de 1,8%.

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A queda de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em relação aos três meses anteriores foi puxada pelo menor volume da produção de soja e pela perspectiva de baixa na safra de café, explicou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao 2014, porém, a soja é um impacto positivo na alta de 1,8% no PIB agropecuário no segundo trimestre. A perspectiva para a safra de soja é de aumento de 11,9% no volume produzido, segundo o IBGE. Para o café, é esperada queda de 4,1%.

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