Santa Catarina passou em branco nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Os 21 atletas nascidos ou formados no Estado não conseguiram nenhuma medalha. Nem as modalidades em que a premiação era dada como certa, como o vôlei feminino, de Natália, e o handebol, de Duda Amorim.

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Mas, se a medalha não veio, os Jogos serviram para mostrar ao mundo talentos até então desconhecidos, como Darlan Romani, quinto colocado no arremesso de peso, com direito a quebra de recorde.

Confira abaixo como foi o desempenho dos nosso atletas.

(Foto: FRANCK FIFE / AFP)

Arremesso de peso

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Darlan Romani – Concórdia (arremesso de peso)

Natural de Concórdia, Darlan Romani foi uma das boas surpresas desta Olimpíada, apesar de não ter saído do Rio de Janeiro com medalha. Aos 25 anos, o catarinense chegou às finais do arremesso de peso e quebrou, por duas vezes, o recorde brasileiro na modalidade, com as marcas de 20m94cm e 21m02cm. No resultado final, um orgulhoso quinto lugar.

– Um dos meus sonhos era estar nessa final olímpica. A torcida foi essencial – disse Darlan ao SporTV, após a prova.

Marcha atlética 20km

José Alessandro Bagio – Orleans

– Não completou

Moacir Zimmermann – Blumenau

– Terminou na 63ª posição com o tempo de 1h33min58s

Marcha atlética 50km

Jonathan Riekmann – Blumenau

– Terminou na 29ª posição com o tempo de 4h01m52s

(Foto: FRANCK FIFE / AFP)

Handebol

Duda Amorim – Blumenau

Não foi dessa vez que a blumenauense Eduarda Amorim trouxe para casa uma medalha olímpica, a que falta à coleção da atleta, eleita a melhor do mundo em 2014. A seleção brasileira feminina de handebol foi eliminada dos Jogos nas quartas de final, após perder para a Holanda por 32 a 23, em uma partida em que tudo deu errado para as brasileiras. A precoce e inesperada eliminação vai levar um bom tempo para sair da cabeça da atleta:

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— Foi uma derrota chocante, mas não por falta de grupo ou união, já que nós abdicamos de muita coisa para estar na Olimpíada. Vai demorar alguns anos para esfriar a cabeça — disse Duda, por telefone, ao Santa.

Salto em distância

Eliane Martins – Joinville

– Ficou no 23º lugar com a marca de 6m33cm

Tiro esportivo

Rosane Budag – Blumenau

– Ficou em 50º lugar na carabina de ar com 396,9 e em último lugar (37) na carabina 3 posições 50m, com 550 pontos

Revezamento 4×100

Ricardo Mario de Souza – São José

– Classificou para as finais, mas acabou ficando com a 6ª colocação, na prova em que o jamaicano Usain Bolt conquistou o seu terceiro ouro dos Jogos.

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(Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)

Vôlei

Natália Zílio Pereira (De Ponta Grossa – criada em Joaçaba)

Natália era uma esperança certa de medalha na Rio 2016. E ela viria para coroar um ano espetacular para a jogadora criada em Joaçaba. Após fazer uma Superliga fantástica e ser eleita a melhor jogadora do Grand Prix, ninguém duvidava que a atleta estaria no pódio junto com a seleção feminina de vôlei. As meninas atropelaram todas as adversárias na fase classificória. Não perderam nenhum set, mas caíram para as chinesas nas quartas de final e decepcionaram. O sonho do tricampeonato, agora, vai ficar para Tóquio, em 2020. Natália certamente estará lá, mais uma vez, como referência da equipe do Brasil.

– A gente vai ter que comandar daqui para frente. Eu, Dani Lins, Gabi. Então, vamos estar juntas porque sabemos que há muito pela frente. Saímos de cabeça erguida – disse Natália ao Globoesporte.com.

Rúbgi

Com três catarinenses no time, o Brasil não passou da primeira fase. Terminou em 3º lugar do grupo C com apenas uma vitória.

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Julia Sardá – Florianópolis

Tais Bernal – Florianópolis

Raquel Kochhann – Saudades

Hipismo – saltos

Eduardo Menezes – Santa Maria, RS. Formado em SC

O cavaleiro Eduardo Menezes, 36 anos, se classificou para as finais individuais e ficou com a 28ª posição. O atleta também chegou a disputar as finais por equipes, mas acabou não subindo ao pódio. Eduardo é formado pela Sociedade Hípica Catarinense (SHC), em Florianópolis, e especializado em Montaria. Atualmente mora nos Estados Unidos.

Hóquei sobre grama

A seleção brasileira de Hóquei sobre grama foi ao Rio de Janeiro com três atletas nascidos em Santa Catarina: Paulo Batista Júnior, de São José, Rodrigo Faustino, de Lages, e Marcos Pasin, de São Miguel do Oeste. Além deles, outros dois jogadores que não são nascidos no Estado, mas que defendem clubes catarinenses: Bruno Paes e Lucas Paixão. O Brasil caiu na fase de classificação e acabou deixando a competição sem nenhuma vitória.

Ginástica rítmica

Jéssica Maier – Timbó

A ginasta Jéssica Maier é a atual capitã da seleção brasileira e junto com as demais atletas conseguiu levar o país a nona posição na Olimpíada, porém o grupo não avançou para a final por equipes.

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Willian Giaretton (à frente) junto com o parceiro Xavier Vela
Willian Giaretton (à frente) junto com o parceiro Xavier Vela (Foto: Marcelo Pereira / Exemplus/COB)

Remo

Willian Giaretton – Ponte Serrada

Natural de Ponte Serrada, Willian Giaretton participou da Olimpíada na categoria Double Skiff Peso Leve (LM2x), ao lado do parceiro Xavier Vela. A dupla, que compete pelo Grêmio Náutico União (RS) chegou a classificar para a final, mas terminou os Jogos no 14º lugar.

Ciclismo de estrada

Murilo Fisher – Brusque

– Terminou na 64ª posição com o mesmo tempo do atleta Ignatas Konovalovas, da Lituânia – 6h41min52s

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