A decisão comunicada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) de não renovar o aluguel do Estádio do Sesi ao Clube Atlético Metropolitano a partir de 2020 suscitou dúvidas sobre como ficarão as modalidades esportivas que hoje sediam treinamentos e jogos no Complexo Esportivo Bernardo Werner, no bairro Vorstadt.

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A princípio, segundo a assessoria de comunicação da Fiesc, a mudança envolve apenas o aluguel do estádio para futebol profissional, e somente a partir de 2020. Por nota, a entidade afirmou que as demais modalidades serão analisadas, mas que por enquanto “nada muda”.

“Cada caso será analisado, considerando o grau de adequações necessárias ao Complexo Esportivo. No caso do futebol profissional, há uma grande mobilização de pessoas e contínuas exigências de adequações na infraestrutura”, informou a assessoria.

Confira abaixo como fica a situação de clubes e modalidades que utilizam ou utilizaram recentemente o Complexo do Sesi.

Futebol – Metropolitano

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Caso decida disputar a Copa Santa Catarina, no segundo semestre – o clube ainda não bateu o martelo sobre isso – o Metrô ainda poderá alugar o Estádio do Sesi para a competição. A partir do próximo ano é que a entidade decidiu não prorrogar as locações. Em função disso, o presidente do clube, Valdair Matias, afirma que a primeira intenção do clube é agilizar a busca pela construção do Estádio Municipal, que poderia ser a casa do clube. Enquanto isso não ocorre, a intenção do clube é jogar a segunda divisão do Catarinense, em 2020, de forma itinerante, mandando jogos em cidades como Timbó, Indaial e Ibirama. Esse projeto também precisará ser desenvolvido pela diretoria.

Futebol – Blumenau Esporte Clube

O Blumenau EC disputou a segunda divisão do Campeonato Catarinense de 2018 mandando jogos no Estádio do Sesi. Para a competição deste ano, o clube já havia confirmado que mandaria as partidas no Estádio Ervin Blaese, o Gigante do Vale, em Indaial. O estádio tem capacidade para cerca de 1 mil pessoas. Com isso, a decisão do Sesi de não alugar mais o estádio para futebol profissional somente traria reflexos ao Tricolor em caso de acesso à Série A do Estadual ou caso o clube quisesse sediar os jogos da próxima temporada no Complexo Esportivo. A reportagem tentou contato com dirigentes do Blumenau, mas não obteve retorno.

Futebol americano

O Estádio do Sesi também costuma receber partidas decisivas de futebol americano. Em 2017, foi palco da decisão do Campeonato Estadual, entre T-Rex e São José Istepôs. O presidente da Fundação Catarinense de Futebol Americano (FCFA), Ricardo Pizetta, afirma que no ano passado a final do Estadual só não foi feita porque o estádio estava reservado para partidas do Metropolitano e do Blumenau. Para a decisão deste ano, prevista para junho, o Sesi também é uma das opções para sediar a partida.

– No futebol americano as torcidas não precisam ser separadas, há menos exigências para as partidas, nunca tivemos briga de torcedores, é um esporte frequentado por famílias. Não temos a mesma necessidade que o futebol normal e por isso acredito que essa restrição não vá se estender ao futebol americano – aponta o dirigente, ressaltando que para a modalidade a mudança pode ser positiva por disponibilizar mais datas e talvez baratear o custo do aluguel.

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Outras modalidades

O Complexo Esportivo do Sesi também serve de sede para atletas das modalidades de futsal, handebol, vôlei e ginástica olímpica. O atletismo também utiliza a pista em volta do estádio para treinamentos. A Fiesc informou que cada caso será analisado, considerando o grau de adequações necessárias ao Complexo Esportivo, mas ressaltou que o principal problema envolve o futebol profissional, que exige adequações constantes na infraestrutura para a liberação dos laudos a cada início de temporada. No entanto, ainda não confirmou se alguma outra modalidade poderia sofrer a mesma restrição.

O presidente da Fundação Municipal de Desportos (FMD), Egídio Beckhauser, afirma que o município tem contrato anual em andamento para abrigar as modalidades e não acredita que a decisão da entidade cause impacto nesses esportes.

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