O caminhoneiro Zé Trovão (PL) assumiu, nesta quarta-feira (1º), o cargo de deputado federal por Santa Catarina. Ele é investigado no inquérito sobre atos antidemocráticos que está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF) e recebeu mais de 70 mil votos na última eleição. O bolsonarista chegou a ser preso em 2021 por suspeita de organizar manifestações de teor golpista ocorridas no 7 de Setembro daquele ano.
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Como o caso que investiga Marcos Antônio Pereira Gomes, nome real de Zé Trovão, já está em andamento no STF, as acusações continuarão tramitando na Corte. Isso porque os ministros do STF são responsáveis por julgar autoridades com foro privilegiado, como os deputados federais. O processo corre em sigilo.
Zé Trovão não tem condenações e, por isso, pode disputar a eleição normalmente, se elegeu como representante de Santa Catarina para a Câmara dos Deputados e também pode tomar posse do cargo. Ele foi o candidato mais votado em Joinville, maior cidade do Estado e onde morava.
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Ao longo da campanha eleitoral em 2022, Zé Trovão estava usando tornozeleira eletrônica e era proibido de utilizar as redes sociais. As restrições foram impostas pelo ministro Alexandre de Moraes depois que o bolsonarista deixou a cadeia, em dezembro de 2021.
Prisão e investigação
O atual deputado federal ficou cerca de dois meses preso em regime fechado depois de se apresentar à Polícia Federal de Joinville, em outubro de 2021. Zé Trovão se entregou depois de fugir do Brasil e passar 40 dias foragido no México. Ele viajou antes da ordem de prisão ser cumprida.
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O pedido de prisão foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República e aceito pelo ministro Alexandre de Moraes, no inquérito que apura os atos antidemocráticos e de teor golpista no 7 de Setembro de 2021. Zé Trovão é suspeito de incitação a atos criminosos e violentos nas ações contra a democracia.
Antes de utilizar a tornozeleira eletrônica, o deputado também passou pela prisão domiciliar no Norte de Santa Catarina.
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