Na entrevista coletiva em que prestou esclarecimentos sobre o mandado de prisão temporária de que foi alvo nesta terça-feira e em que negou relação com os fatos de supostos vazamentos de informações de operações investigados pela Polícia Federal (PF), o prefeito Gean Loureiro (sem partido) e o advogado Diogo Pítsica também explicaram como fica a situação da prefeitura depois da Operação Chabu.
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A defesa do prefeito afirmou na entrevista que o delegado que coordenava a operação na sede da PF de Florianópolis pediu para que o prefeito não assinasse a guia de recolhimento de preso e que ele revogou o pedido de prisão que havia sido concedido pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Leandro Paulsen. O advogado sustentou que, segundo a PF, essa teria sido uma prerrogativa concedida ao delegado na decisão. A informação foi confirmada pela assessoria do TRF4. Por isso, o prefeito foi liberado ainda na noite desta terça-feira, por volta das 20h30min.
No entanto, a decisão de afastamento de 30 dias do cargo de prefeito, que também havia sido concedida no mandado de prisão temporária, permanece em vigor. Ela só pode ser revogada pelo próprio desembargador que a concedeu, segundo informou a defesa de Gean Loureiro e assessoria do TRF4.
O prefeito informou que não vai desrespeitar qualquer decisão judicial e que, por isso, não irá nesta quarta-feira à prefeitura, que nesse período fica sob responsabilidade do vice-prefeito João Batista Nunes. A defesa dele, no entanto, já trabalha para tentar reverter também a decisão de afastamento do cargo, com o argumento de que se a própria prisão foi revogada, a permanência fora do cargo não teria mais razão de permanecer em vigor.
O advogado Diogo Pítsica afirmou que irá pessoalmente a Porto Alegre já nesta quarta-feira para tentar reverter a decisão do afastamento com o desembargador Leandro Paulsen, do TRF4. Também nesta quarta-feira está prevista a retomada da votação sobre o caso Moeda Verde, em que o mesmo desembargador está envolvido.
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