A CPI da Nike/CBF chegou a Santa Catarina. Nesta segunda-feira os três presidentes das federações do Sul do Brasil serão ouvidos em Florianópolis. Por que temos que misturar os assuntos relativos aos três estados? Falta de datas? Então, cheira a pizza e palanque político. A pergunta que se faz no momento é: onde foram parar os R$ 60 mil que a CBF mandou para o Joinville e ficou registrado? A resposta está dentro da própria CBF, ou não? Sherlock Holmes Elementar, meu caro Watson, diria o detetive inglês em tom rigorosamente fleumático. Na contabilidade da CBF deve estar registrado o número do cheque, o banco utilizado para a operação e em nome de quem foi feita a remessa dos R$ 60 mil. Ou quem sabe foi entregue pessoalmente? João Jorge Pio, ex-vice da CBF para o Sul, contou uma história, mas não diz que recebeu exatamente este valor. E, se recebeu, tinha procuração do JEC para fazê-lo? A CPI Pergunta-se: este é o único assunto que a CPI vem tratar? E o que é que os presidentes das federações gaúcha e paranaense têm com isso? Se o problema maior é entre CBF/Joinville/João Jorge Pio, o que é que a FCF tem com isso? Vale lembrar que os envolvidos são convidados. Virão, se quiserem, João Jorge Pio, Delfim, Dalmo e Vogelsanger. A Assembléia Legislativa, através de seu presidente, Onofre Agostini (PFL), atendeu solicitação do deputado federal Pedro Celso (PT) e cedeu a estrutura funcional do Plenário para a audiência pública que vai esclarecer algumas destas perguntas, a partir das 14h30min desta segunda-feira. A revelação O presidente do Joinville na época, Márcio Vogelsanger, deu dois recibos de R$ 60 mil a João Jorge Pio, pedindo sua interferência junto à Confederação Brasileira de Futebol para reformar o Estádio Ernestão. Ficou por isso mesmo. Se Ricardo Teixeira não tivesse revelado na CPI da Nike a doação ao Joinville, ninguém tomaria conhecimento de nada. Pior ainda: consta que Vogelsanger teria dado de seu próprio bolso uma comissão de R$ 15 mil para que o projeto fosse aprovado na CBF. A culpa do JEC Para a CBF, oficialmente, o dinheiro foi para o Joinville, pois em sua contabilidade tem dois recibos fornecidos pelo clube catarinense. Não há a menor dúvida de que a diretoria do JEC, à época, tem mais o que explicar. Dizem em Joinville que Vogelsanger está rubro de vergonha, pois além da mancada dos recibos dados a João Jorge Pio, estaria servindo de chacota por ter pago uma comissão para o projeto ser aprovado. Monstro sagrado Ele é a própria história do rádio catarinense. Natural de Laguna, o radialista Dakir Newton Polidoro orientou toda a Capital do Estado por muitos anos através de seu programa “A Hora do Despertador”, na Rádio Diário da Manhã. Hoje, muito doente, vive ao lado da família, que só tem boas recordações do radialista, vereador e prefeito de Florianópolis, além de um apaxonado torcedor do Figueirense. O rádio, a política e os moradores da cidade ficam lhe devendo. Criatividade O Conselho Técnico do Estadual de juniores decidiu começar a competição em cima das finais do campeonato de profissionais. Chego à conclusão de que o nosso problema é um só: mudar os dirigentes. A televisão chegou a se interessar em, nos próximos dois meses, valorizar os juniores. Não deram a mínima. O retorno Continuam as articulações de bastidores para levar o Avaí de volta à Associação de Clubes Profissionais de Santa Catarina. Moacir Fernandes, do Criciúma, é quem mais trabalha, pois, segundo consta, precisa de pelo menos um bom aliado para enfrentar a Associação, cujos dirigentes pendem para um lado só.
Continua depois da publicidade