A Seleção Brasileira feminina conquistou, em 2017, o título de maior campeão da história do Grand Prix, antiga Liga das Nações de Vôlei (VNL). O Brasil ganhou o 12º ouro da competição, em Nanquim, na China. Relembre a formação completa e como estão as principais jogadoras oito anos depois da vitória.

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Na época, a equipe vencedora foi formada por um time que nunca havia jogado junto, com apenas três campeãs olímpicas: Adenízia, Tandara e Natália. A Seleção Brasileira enfrentou na final da competição a Itália, a qual venceu por 3 sets a 2, com parciais de 26/24; 17/25; 25/22, 22/25 e 15/8.

Como estão as principais jogadoras do Brasil no Grand Prix de 2017

As convocadas do Brasil para o Grand Prix de 2017

  • Levantadoras: Roberta, Naiane e Macris
  • Líberos: Suelen e Gabi
  • Centrais: Bia, Adenízia, Carol e Mara
  • Opostas: Tandara e Monique
  • Ponteiras: Natália, Rosamaria, Drussyla, Amanda, Edinara e Fernanda Tomé

Principais jogadoras do Brasil no Grand Prix de 2017

Natália Pereira

Natália Zilio Pereira nasceu em Ponta Grossa (PR) e joga como ponteira no vôlei. Ela foi eleita a MVP do Grand Prix, pelo segundo ano consecutivo. Foi medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres, em 2012, e, atualmente, joga pelo clube brasileiro Osasco.

A brasileira começou no vôlei pelas categorias de base da AJOV (Associação Joaçabense de Voleibol), em Joaçaba, e, aos 16 anos, foi contratada pela equipe adulta do Osasco, através de uma carta de sua mãe enviada para o técnico da equipe, Luizomar de Moura.

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Além disso, atuou como titular na Superliga no ano seguinte e integrou a Seleção Brasileira Infanto-Juvenil. Pelo Brasil, disputou dois Campeonatos Mundiais e conquistou a medalha de ouro, sendo eleita melhor jogadora em ambos.

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A atleta ficou uma temporada sem jogar por lesão, mas, no ano seguinte, conquistou a Superliga pelo Rio de Janeiro, sobre seu ex-clube Osasco. No total, pelo Rio foi tricampeã da Superliga, sendo MVP da edição 2015/2016, tetracampeã Carioca, bicampeã Sul-americana e campeã da Copa Brasil.

Adenízia da Silva

Adenízia Ferreira da Silva nasceu em Ibiaí (MG) e joga como central no vôlei. Foi medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres em 2012. Atualmente está no time do Praia Clube.

A atleta começou no vôlei aos 11 anos e com apenas 13 passou a jogar pelo BCN/Osasco. Participou diversas vezes nas seleções de base do Brasil e começou a treinar com a Seleção Brasileira ainda aos 13 anos.

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Sua primeira convocação na seleção adulta foi em 2009, mesmo ano em que venceu o Campeonato Sul-Americano, a Copa Pan-Americana, a Copa Final Four, o Grand Prix e o Montreux Volley Masters. Em 2021, jogou pela seleção e foi vice-campeã na Liga das Nações e, em 2022, foi recontratada pelo Osasco. Fora das quadras, ela é modelo fotográfica.

Tandara Caixeta

Tandara Alves Caixeta nasceu em Brasília (DF) e joga como oposta no vôlei. A atleta foi medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres em 2012. Atualmente está sem clube.

Disputou sua primeira Superliga em 2005, aos 16 anos, pela equipe Brasil Telecom e, em 2007, foi contratada pela equipe Finasa/Osasco. Pelo time paulista conquistou o seu primeiro título, o Campeonato Paulista de 2007.

Foi convocada para a Seleção Brasileira de Novas em 2011 e sua atuação fez com que fosse convocada para o Pan-Americano de Guadalajara. Pela competição, conquistou a medalha de ouro. Ainda com a Seleção Brasileira, ganhou o ouro dos Jogos Olímpicos de 2012.

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Ao longo de sua carreira a atleta participou de diversos clubes brasileiros e de fora do país, quebrou recordes e conquistou inúmeros títulos. Jogando pelo Praia Clube, em 2014/2015, Tandara descobriu uma gravidez e não pode atuar pela Seleção na temporada.

Após o nascimento da filha, assinou com o Minas para a temporada 2015/2016. Na temporada seguinte foi para o Vôlei/Nestlé, de Osasco, e convocada para a Seleção Brasileira novamente, conquistando o título do Montreux Volley Masters e do último Grand Prix.

Durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2021, a atleta foi acusada de uma potencial violação antidoping. O Brasil conquistou a medalha de prata do torneio e, mesmo suspensa, Tandara ainda figura na lista do COI como medalhista.

A jogadora foi condenada, em maio de 2022, a quatro anos de suspensão pelo uso de Ostarina. Em agosto do mesmo ano se candidatou ao cargo de deputada federal pelo MDB, mas acabou não sendo eleita.

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Criou, em 2023, uma equipe de vôlei em Campinas, com o auxilio de sua fundação beneficente, Instituto Tandara Caixeta, e jogou o Campeonato Paulista de Voleibol Feminino daquele ano. Porém incapaz de conseguir patrocínios e pagar suas atletas, fechou o clube.

Como estão as demais jogadoras

Todas as integrantes do Grand Prix 2017 conquistaram inúmeros títulos durante a carreira, pela Seleção Brasileira e pelos clubes que representaram.

Levantadoras

  • Roberta Silva Ratzke: Joga pelo Türk Hava Yolları Spor Kulübü, da Turquia, e pela Seleção Brasileira;
  • Macris Fernanda Silva Carneiro: Seu atual time o Praia Clube, de Minas Gerais, e também representa a Seleção Brasileira;
  • Naiane de Almeida Rios: Joga pelo Volero Le Cannet, da França.

Líberos

  • Suelen Fernanda Santana Pinto: Atua pelo Praia Clube;
  • Gabriella Dutra: Joga no Mackenzie esporte clube, de Belo Horizonte.

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Centrais

  • Ana Beatriz Silva Correa: Joga pelo LOVB Madison, dos Estados Unidos;
  • Ana Carolina da Silva: Joga no LOVB Awaiting Final Club, dos Estados Unidos, e está de fora da Selção Brasileira por tempo indeterminado;
  • Mara Ferreira Leão: Atua pelo Universitario de Deportes, do Peru.

Oposta

  • Monique Marinho Pavão: Joga pelo Praia Clube.

Ponteiras

  • Rosamaria Montibeller: Joga pelo Denso Airybees, do Japão, e pela Seleção Brasileira;
  • Drussyla Andressa Félix Costa: Atua no CSM Volei Alba-Blaj, da Romênia;
  • Amanda Juliana Campos Francisco: Joga no Fluminense FC, do Rio de Janeiro;
  • Edinara Brancher: Joga pelo Consolini Volley, da Itália;
  • Fernanda Davis Tomé: Atua no Universidad San Martín, do Peru.

O Brasil conquistou o primeiro lugar da competição em 1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013, 2014, 2016 e, por fim, 2017. Além do 12º título na história do Grand Prix, a Seleção Brasileira também já foi vice-campeã em outras cinco oportunidades. Os Estados Unidos, com seis conquistas, estavam como o segundo maior campeão da história.

O ano em que as brasileiras ganharam o último título do Grand Prix foi o mesmo em que a competição mudou de nome e formato, passando a se chamar Liga das Nações. A Federação Internacional de vôlei (FIVB) anunciou, em outubro de 2017, que a VNL passaria a substituir tanto a Liga Mundial quanto o Grand Prix.

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Desde então, a Seleção feminina não conquistou nenhum título pela nova competição. Ao longo dos sete anos da Liga das Nações, o Brasil foi vice-campeão três vezes e busca, na edição deste ano, o título de campeão.

Maiores campeões da Liga das Nações de Vôlei feminino

  1. Estados Unidos – 3 ouros
  2. Itália – 2 ouros
  3. Turquia – 1 ouros, 1 prata e 1 bronze
  4. Brasil – 3 pratas
  5. China – 1 prata e 2 bronzes
  6. Japão – 1 prata
  7. Polônia – 2 bronzes
  8. Sérvia – 1 bronze

*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Marcos Jordão