Um ano após uma microexplosão atingir a Igreja Matriz São João Batista, as obras para reconstrução do prédio histórico continuam a todo vapor, em São João do Itaperiú, no Norte de Santa Catarina. Inaugurada como capela em 1916 e reconstruída em 1945, o local sagrado tem previsão de reinauguração em 2024.
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Destelhada e com diversos estragos, a igreja ficou arrasada após uma chuva com ventos de até 75 km/h, em 26 de fevereiro do ano passado. A rajada de vento ainda destelhou casas e derrubou árvores na região, e o município decretou situação de emergência.
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Mais de 365 dias depois, a destruição deu espaço para o recomeço. O telhado foi totalmente refeito, o piso também está sendo trocado. O teto agora é de laje e gesso, e a parte elétrica foi substituída. Também, foi feita a pintura de restauração dos santos e da parte externa, mantendo a originalidade, conforme preza o Padre Silvio Tomczak.
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— Tudo foi mantido das pessoas que já trabalharam e deram a vida por essa comunidade. Chegaram até a fabricar a próprio tijolo que construíram essa igreja. Nós queremos manter a originalidade, para se sentirem acolhidos — afirma.
As obras iniciaram em julho de 2023, cinco meses após a explosão. Cerca de 60% da obra já foi concluída. O custo total é de R$ 700 mil. Até agora, R$ 320 mil já foram arrecadados. Para completar, a igreja recebe ajuda da comunidade e de voluntários para a arrecadação final.
— Para mim, é algo gratificante, porque eu não estaria feliz vendo a nossa igreja destruída e ficando acomodado na minha casa. Trabalhamos juntos, pedindo, ainda tem muito trabalho — explica Elizete Moraes, uma das voluntárias.
A previsão de término das obras na igreja matriz é em 14 de junho.
Veja fotos da igreja matriz atingida por microexplosão
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Relembre a microexplosão
O desastre natural aconteceu em fevereiro de 2023 e, além de destruir o telhado da paróquia, também destelhou diversas casas, depósitos e levou ao chão bananais e outras plantações que são o principal modo de sobrevivência dos moradores. Na lavoura, o prejuízo total foi de cerca de R$ 20 milhões.
Na cidade, a tempestade teve início às 15h e durou cerca de 10 minutos. Depois, por volta das 16h, começaram as rajadas de vento. Segundo a Epagri, o fenômeno climático foi provocado por uma frente fria em alto mar associada a um sistema de baixa pressão no sul do Paraguai, além do fluxo de calor e umidade vindo da região amazônica.
Por causa da situação, São João do Itaperiú decretou situação de emergência um dia após registrar a microexplosão. A prefeitura informou que municípios vizinhos chegaram a enviar maquinários para auxiliar na limpeza. O Governo do Estado também enviou materiais como kits de higiene e limpeza, além de telhas, cestas básicas e colchões para os moradores prejudicados. Os bairros Centro e Toca foram os mais atingidos.
*Com informações de Guilherme Barbosa, da NSC TV Joinville
*Sob supervisão de Leandro Ferreira
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