A pouco mais de três meses das eleições e com os pré-candidatos a governador de Santa Catarina já praticamente definidos, os partidos aceleram a formação das coligações e dos nomes que vão compor as chapas majoritárias. Um desses espaços se tornou mais cobiçado e alvo de polêmicas nos últimos anos: a vaga de vice.
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O assunto voltou à tona após o anúncio desta semana feito pelo MDB, que indicou o empresário de Jaraguá do Sul Antídio Lunelli para ser vice em chapa com o atual governador, Carlos Moisés. A adesão dos emedebistas ao projeto de Moisés vinha sendo motivo de divisão no partido desde o ano passado. Além disso, outras chapas também já têm a indicação do vice adiantada, como a pré-candidatura de Gean Loureiro (leia mais abaixo).
Vices tiveram destaque nos últimos anos
A vaga de vice, assim como a de candidato ao Senado, é um dos principais atrativos dos partidos na hora de buscar coligações. A principal atribuição do cargo é substituir o governador em caso de viagens ou mesmo de processos de impedimento, mas a figura do vice ganhou protagonismo maior nos últimos anos.
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Em 2016, o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) fez com que os dois anos e meio seguintes de mandato fossem exercidos pelo então vice, Michel Temer (MDB). Em Santa Catarina, por duas vezes a atual vice-governadora Daniela Reinehr (PL) assumiu o governo depois que o chefe do Executivo estadual, Carlos Moisés (Republicanos), foi afastado em dois processos de impedimento, que acabaram rejeitados. A mudança no governo resultou em trocas em vários postos do secretariado e mudanças em ações do governo.
Os vices também ganharam evidência nos municípios. Em Florianópolis, o então vice-prefeito Topázio Neto (PSD) assumiu a prefeitura e vai terminar o mandato após a renúncia do ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil), que vai concorrer ao governo do Estado. Em Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos) hoje é prefeito eleito em segundo mandato, mas chegou ao comando da prefeitura após a renúncia do ex-prefeito Napoleão Bernardes (ex-PSDB, hoje PSD), de quem era vice-prefeito até 2018.
Carlos Moisés (Republicanos)
Uma definição importante de vice ocorreu nesta segunda-feira (20). O MDB confirmou a indicação do empresário Antídio Lunelli como pré-candidato a vice na chapa com o atual governador Carlos Moisés. Antídio vinha se apresentando como concorrente ao governo e tentava convencer o partido a embarcar na candidatura própria, mas após reunião feita nesta semana desistiu da intenção de concorrer.
A real presença de Antídio na chapa ainda depende da indicação oficial do partido. O governador Moisés, que comemorou o apoio manifestado pelo MDB, havia mencionado outros nomes quando falou sobre a possibilidade de ter os emedebistas na aliança, como o presidente da Assembleia Legislativa de SC, Moacir Sopelsa. No entanto, o presidente do Republicanos, deputado Sérgio Motta, afirma que Antídio “não tem nenhuma rejeição” do partido.
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Décio Lima (PT) ou Dário Berger (PSB)
Mais um movimento pela definição de vice ocorreu na frente de esquerda. Os partidos ainda discutem se o candidato a governador do bloco será Décio Lima (PT) ou Dário Berger (PSB). No entanto, nesta semana o PCdoB formalizou apoio a Décio na disputa interna e indicou o nome da ex-deputada federal Ângela Albino como possível vice na chapa com Décio.
O pré-candidato Décio afirma que além da indicação do PCdoB, a coligação também tem outros possíveis vices, como Gelson Merisio (Solidariedade) e políticos do PSB e do PDT. No entanto, ele afirma não manifestar preferência e espera que os partidos cheguem a um acordo por um vice que não prejudique a unidade construída entre as legendas de esquerda.
Esperidião Amin (Progressistas)
O Progressistas, caso não embarque no projeto de Jorginho Melo (PL) e confirme a pré-candidatura de Esperidião Amin, pode oferecer a vaga de vice ao PSDB para atrair os tucanos para o bloco. A discussão sobre nomes para a cadeira de vice, no entanto, ainda não ocorreu.
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Gean Loureiro (União Brasil)
Uma chapa que já confirmou o nome do vice nas eleições de outubro em SC é a pré-candidatura de Gean Loureiro. O grupo deve ter na função o ex-chefe da Casa Civil do governo Moisés, Eron Giordani. Ele deve ser o indicado do PSD, que confirmou apoio a Gean na corrida pelo governo.
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Jorginho Mello (PL)
No campo da direita, a vaga de vice ainda está em aberto. O senador Jorginho Mello (PL) diz que ainda conversa com o Progressistas com intenção de ter o partido como aliado na sua candidatura a governador. Nesse caso, o nome seria indicado pelo PP e o próprio Jorginho admite uma grande possibilidade de ser o da ex-prefeita de Florianópolis e atual deputada federal Ângela Amin.
Caso o apoio do Progressistas não venha, a vaga deve ser ocupada por um empresário filiado no próprio PL. O martelo sobre a aliança ou não com o PP deve ser batido nesta semana, segundo o senador.
Odair Tramontin (Novo)
O Novo, que tem o promotor de Justiça Odair Tramontin como pré-candidato a governador, ainda não definiu quem ocupará a vaga de vice na chapa. O partido deve optar por um nome de Chapecó ou de Criciúma, mas só deve divulgar a escolha no fim desta semana.
Ralf Zimmer (Pros)
A direção estadual do Pros informou que ainda avalia nomes do partido e conversa com outras legendas para definir a vaga de vice.
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