A Ucrânia usou nesta terça-feira (19) os mísseis de longo alcance cedidos pelo governo dos Estados Unidos para atacar um território na Rússia. É a primeira vez que os mísseis, chamados de ATACMS, são usados pela ofensiva ucraniana. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

Com o ataque desta terça, o governo russo prometeu “uma nova fase do conflito”, por considerar o uso destes mísseis uma intervenção direta dos EUA na guerra. A Rússia ainda é a maior potência nuclear do mundo, e nesta terça flexibilizou os parâmetros para o uso das armas, e prometeu retaliação.

Segundo o Ministério de Defesa russo, seis mísseis ATACMS foram lançados em direção a Bryansk, região no sudoeste da Rússia e perto da fronteira com a Ucrânia, durante a madrugada.

O presidente norte-americano, Joe Biden, foi quem autorizou a Ucrânia a usar os mísseis, fornecido pelos EUA para atacar território russo. A liberação é uma reação ao envio de tropas norte-coreanas para lutares ao lado nos russos na Ucrânia, e marca uma mudança da posição de Biden sobre a guerra, pouco tempo antes dele deixar a Casa Branca.

Continua depois da publicidade

O que são os mísseis ATACMS

A sigla ATACMS significa Army Tactical Missile Systems (em português, Sistemas de Mísseis Táticos do Exército dos EUA). Eles são capazes de atacar com precisão a mais de 300 quilômetros de distância dos alvos.

Míssel ATACMS é produzido pela Lockheed Martin para os EUA (Foto: Lockheed Martin)

Cada míssil tem 3,98 metros de cumprimento e 61 centímetros de diâmetro. O projétil pode alcançar até 3,7 mil quilômetros por hora em velocidade, e foi usado pela primeira vez em 1986.

A Rússia tem mísseis maiores e com maior alcance, como o ISKANDER, que pode atingir alvos a até 500 quilômetros de distância e atingir 9,3 mil quilômetros por hora de velocidade. Os ISKANDER têm capacidade nuclear, o que os ATACMS não têm.

Leia também

Declaração final do G20 é aprovada com acordos sobre combate à fome e mudanças climáticas

FBI e agências de segurança emitem alerta sobre interferência nas eleições dos EUA