A dengue é uma doença viral que atinge todas as faixas etárias e pode ser diagnosticada a partir do estado clínico do paciente e de testes laboratoriais e rápidos. Existem diversos tipos de exames disponíveis na rede pública e privada, indicados para diferentes fases da infecção, o que pode causar dúvida no momento de buscar atendimento.
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O vírus é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti e seu período de incubação pode durar até 15 dias. Os testes que buscam identificar a presença do vírus na corrente sanguínea são orientados por profissionais da Saúde após avaliação de sintomas, levando em conta também critérios epidemiológicos.
Para entender os métodos mais utilizados, consultamos a diretora do Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), Marlei Pickler Debiasi dos Anjos. O laboratório faz análises para todo o Estado, dando apoio aos municípios para diagnosticar a doença e para entender a circulação do vírus.
A dúvida não é apenas sua: os testes são um dos assuntos relacionados a dengue mais buscados na Google, segundo levantamento da plataforma Google Trends ao NSC Total. Entenda quando buscar ajuda médica e saiba o teste da dengue indicado para cada caso.
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Quando fazer o teste da dengue
A infecção por dengue pode ser assintomática, apresentar sintomas leves ou até evoluir para casos graves. Por isso, é importante estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica. Todo o diagnóstico e tratamento é realizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em geral, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, que pode durar até sete dias. Além disso, há outros sintomas que requerem avaliação médica, como dores nas articulações e atrás dos olhos, além de mal estar e manchas vermelhas pelo corpo.
“É muito importante, quando as pessoas buscarem o atendimento, já terem uma noção de quando começaram os sintomas, para que o médico possa fazer a melhor escolha do método a ser solicitado”, recomenda Debiasi.
Quais são os sintomas da dengue?
Teste de antígeno
Esse exame tenta identificar o antígeno NS1, uma proteína do vírus da dengue, através de um teste sorológico. O antígeno está presente na corrente sanguínea em uma fase aguda da doença, quando o corpo ainda está lutando para produzir anticorpos. O teste é feito com amostras de sangue coletadas até cinco dias após o início dos sintomas.
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Teste de anticorpos
O exame de anticorpos IgM usa a mesma técnica de antígenos, o que muda é o período de coleta da amostra de sangue. Isso porque, a partir do 6º dia do início dos sintomas, o corpo já pode ter produzido anticorpos para combater o antígeno NS1.
Teste rápido
Os testes rápidos disponíveis na rede privada podem ser usados por pessoas com sintomas da dengue para fazer uma primeira triagem do caso. Os testes geralmente identificam de forma conjunta o antígeno NS1 e os anticorpos IgM a partir de uma amostra de sangue. Esse exame usa o método imunocromatográfico, em que as reações são indicadas por cores, e o resultado aparece em menos de duas horas.
“Em regiões com baixa circulação do vírus o teste rápido não é recomendado por ter uma baixa especificidade e pode dar falso negativo. É muito importante que a pessoa faça o teste e, se persistirem os sintomas, busque um médico”, alerta Debiasi.
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Teste da dengue por RTP-qPCR
O teste de sequenciamento de genoma por RTP-qPCR é capaz de identificar o sorotipo da dengue com o qual o paciente está infectado. O teste detecta o vírus quando ele está na corrente sanguínea, em geral até o 5º dia após o início dos sintomas.
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“Dessa maneira, o Lacen consegue vigiar a circulação do vírus na população, entender onde ele está circulando e onde vão ser tomadas medidas pelos gestores da Saúde naquela cidade”, explica a diretora do Lacen.
Como o método é mais complexo, a análise da amostra sanguínea leva cerca de um dia. Porém, como Santa Catarina enfrenta um cenário de emergência em saúde por conta da dengue, o aumento da demanda no Lacen faz com que os exames levem mais dias para serem processados.
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