Em meio ao sossego das belas paisagens de campinas e vales que formam a pequena cidade de Campo Alegre, no Norte de Santa Catarina, as ovelhas tomaram conta dos horizontes e trouxeram um título estadual para o município: Capital Catarinense da Ovelha.
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O reconhecimento foi obtido há 16 anos, através da Lei Ordinária 14.377 de 2008 de Santa Catarina. Mas, a história do município com mamíferos que possuem lã começou na década de 1990. Na época, Leopoldo Grosskopf, prefeito da cidade, criou um programa de incentivo para a ovinocultura.
— O projeto do prefeito era distribuir ovelhas para os produtores da cidade — explica o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Campo Alegre, Mateus Gorniak.
Animais são atração à parte na cidade
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O incentivo deu certo. Em 1998, a cidade foi palco da primeira Festa Estadual da Ovelha. Em 2007, atingiu o público de 35 mil pessoas, quase o triplo da população atual, na 9º edição da festa e chamou a atenção dos parlamentares. Em 6 de março de 2008, o projeto de lei entrou em vigor e Campo Alegre passou a ser reconhecida como a Capital Catarinense da Ovelha.
— O clima na cidade é propício para criação do animal. Isso afeta positivamente, inclusive, a qualidade da carne — afirma o secretário.
Atualmente, a cidade, de 12,8 mil habitantes, segundo a estimativa do IBGE 2024 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), possui aproximadamente 4,2 mil ovelhas, o que significa uma ovelha para cada três moradores. Entre as espécies, há Texel, Sulfox, Hamchiredonw, Ille de France e Coredalli Santa Ines. As cabanhas criam os animais para produtos e derivados, além da venda de machos reprodutores.
Em março de 2024, a Festa Estadual da Ovelha chegou a 24ª edição com uma expectativa de público de 120 mil pessoas.
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