Uma menina de 10 anos foi abusada desde os seis anos pelo tio. Ela ficou grávida por conta do estupro e no domingo foi para outro estado realizar o aborto. O caso que gerou indignação e diversas manifestações em todo o Brasil, segundo a secretária de Assistência Social de Florianópolis, Maria Cláudia Goulart da Silva, infelizmente é comum.
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– É muito comum (casos de abuso), infelizmente, muito mais do que a gente possa imaginar. Por isso é muito importante conversar com as crianças, com familiares, sobre as relações possíveis, o que pode e o que não pode, como proteger seu próprio corpo. Promover dentro da família um espaço acolhedor onde a criança possa ter alguém de referência pra contar que foi tocada – explica a secretária.
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Como denunciar
Casos de abuso contra a criança devem ser denunciados no Disque 100, onde por ser feito de forma anônima, o Conselho Tutelar do seu município, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e as polícias Militar e Civil também estão aptas a receber denúncias.
Maria Cláudia também fala sobre como o estuprador age na maioria dos casos, geralmente feito por um membro da família ou próximo.
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– Esse tipo de agressor faz uma lavagem cerebral para manter durante muito tempo esse abuso, falando para a criança de que aquilo é normal, que faz porque ama e convence a criança de que essa é uma relação é possível. Muitos casos só são descobertos quando ocorre uma tentativa de aborto ou uma gestação. No Hospital Infantil, em Florianópolis, quando uma criança ou adolescente chega numa situação assim a rede proteção é acionada, o caso é investigado e as medidas cabíveis são tomadas.