Neste 30 de agosto é o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM). A data tem como objetivo dar visibilidade e desmistificar a doença, além de incentivar o diagnóstico precoce. A EM é uma doença autoimune crônica do sistema nervoso que afeta ao 40 mil brasileiros, conforme a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem).

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Apesar da doença ser mais frequente em pessoas de 20 a 40 anos, em especial, mulheres, o cuidado de pessoas idosas com Esclerose Múltipla possui suas especificidades. É por isso que Yohana Eugenia González Pares, integrante do time Nonno — startup que desde 2019 atua com o serviço de cuidado —, apresenta dicas de como cuidar de um idoso portador de Esclerose Múltipla (EM). Navegue pelo índice abaixo:

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O que é Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune crônica do sistema nervoso, que não possui cura, em que o próprio corpo ataca e danifica a camada protetora dos nervos, chamada mielina. Isso causa inflamação e danos nos nervos do cérebro e da medula espinhal.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 2,8 milhões de pessoas tenham Esclerose Múltipla globalmente. Já no Brasil, a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla estima que existam 40 mil casos da doença.

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Para dar visibilidade e trazer informação sobre a doença, a data 30 de agosto foi instituída pela Lei nº 11303/06 como Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. Além do dia, o mês de agosto é dedicado à doença: a campanha Agosto Laranja, criada em 2014, pela AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose trabalha para desmistificar a doença e incentivar o diagnóstico precoce.  

Qual é o impacto da Esclerose Múltipla nos idosos

Idosos com Esclerose Múltipla podem sentir uma fraqueza muscular significativa, problemas de equilíbrio, cansaço extremo e dificuldades de coordenação. Esses sintomas, muitas vezes confundidos com o envelhecimento normal, são intensificados pela doença.  

A startup Nonno recomenda atenção aos sintomas físicos, como fraqueza muscular e problemas de equilíbrio. Além disso, ter suporte emocional e cognitivo de um profissional ajuda a lidar com dificuldades de memória e concentração.

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Como cuidar de uma pessoa idosa com Esclerose Múltipla

O objetivo é minimizar a dependência de dispositivos de assistência, sempre que possível. Além disso, é recomendado adaptar o ambiente doméstico, como instalação de barras e remoção de obstáculos, às necessidades específicas de cada idoso. 

De acordo com os profissionais de saúde do Nonno, cuidar de idosos com esclerose múltipla requer uma abordagem personalizada e atenciosa:

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  • Observar e registrar qualquer mudança nos sintomas da EM, garantindo que os idosos recebam a atenção médica necessária em tempo hábil;  
  • Consultas com nutricionistas para criar planos alimentares balanceados que atendam às necessidades específicas de cada idoso, ajudando a manter uma boa saúde geral;
  • Programar exercícios adaptados, incluindo fisioterapia, para ajudar a manter a mobilidade e reduzir a rigidez muscular, sempre sob orientação médica;
  • Adaptar o ambiente doméstico para prevenir quedas e facilitar a mobilidade, instalando barras de apoio e removendo obstáculos;
  • Oferecer apoio emocional e incentivar a prática de técnicas de relaxamento como yoga e meditação; 
  • Garantir que os idosos tenham uma rotina de sono adequada, promovendo um ambiente tranquilo e confortável para um descanso reparador; 
  • Manter o ambiente em uma temperatura confortável para evitar o agravamento dos sintomas da EM devido ao calor.  

Outras recomendações de cuidado para idosos com EM

Além dos cuidados básicos, há outras considerações importantes para quem convive com esclerose múltipla na terceira idade:  

  • A esclerose múltipla pode ser emocionalmente desafiadora. Participar de grupos de apoio ou terapia pode ajudar a lidar com sentimentos de ansiedade e depressão;
  • Incentivar a pessoa idosa a manter sua independência tanto quanto possível é essencial. Isso pode incluir o uso de dispositivos de assistência, como bengalas ou andadores, para facilitar a mobilidade;
  • Manter-se informado sobre a doença e seus tratamentos pode ajudar a tomar decisões mais conscientes. Participar de workshops e palestras sobre EM pode ser muito útil;
  • Planejar atividades diárias que sejam agradáveis e estimulantes pode melhorar a qualidade de vida. Isso pode incluir hobbies, passeios ao ar livre e encontros sociais;
  • É importante seguir rigorosamente o plano de medicação prescrito pelo médico. Utilizar organizadores de medicamentos pode ajudar a garantir que todas as doses sejam tomadas corretamente;
  • A esclerose múltipla pode ser imprevisível, com períodos de remissão e surtos. Estar preparado para essas mudanças e adaptar os cuidados conforme necessário é fundamental. A atuação de um cuidador pode ser um diferencial nesse cenário;
  • Pessoas com EM podem ter um sistema imunológico comprometido. Manter boa higiene, evitar contato com pessoas doentes e seguir as recomendações de vacinação são medidas importantes. 

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