A polarização das eleições 2022 no Brasil, entre PT e PL, se repete em Santa Catarina. No entanto, os dois candidatos ao governo estadual têm propostas semelhantes para a economia, como a melhoria da infraestrutura rodoviária e portuária e o investimento na qualificação profissional.

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Nossa reportagem questionou os dois candidatos sobre quais seriam suas prioridades para a economia. Décio Lima (PT) destacou que a economia do Estado está vinculada a investimentos em infraestrutura e, por isso, promete, caso seja eleito, buscar mais recursos junto ao governo federal para lançar “o maior pacote de investimentos em infraestrutura da história de Santa Catarina”, ele afirma.

O candidato também destacou, como proposta prioritária, a desoneração integral da cesta básica catarinense, que é a segunda mais cara do país. Ele pretende, se for eleito, criar o “Bolsa Cidadania”, para oferecer produtos mais baratos beneficiando, sobretudo, aqueles mais vulneráveis.

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Jorginho Mello (PL) citou como sua principal proposta para a economia, caso vença as eleições, o lançamento do programa de faculdade gratuita pela Acafe. O plano de governo do candidato destaca a implementação de universidades regionais integradas aos centros de inovação, às organizações produtivas e municípios e outras instituições. O objetivo é formar pessoas qualificadas e oferecer serviços para o desenvolvimento regional e do Estado.

Para viabilizar o programa, o candidato promete, se for eleito, aumento na arrecadação do governo em 2023, em torno de R$ 10 bilhões, para investir mais de 5% do orçamento (R$ 1,6 bilhão) nas instituições do Sistema Acafe.

Para o professor e economista Jamis Piazza, investimentos em educação e infraestrutura são os pilares mais importantes para a economia catarinense. 

— Investindo em educação, nós qualificamos mais a nossa mão de obra e nos tornamos mais competitivos na indústria no setor, primário, secundário e terciário. Outro item são as nossas rodovias, ferrovias e a parte portuária. Melhorando essa parte da infraestrutura, nós reduzimos nossos custos de transporte, nos tornando mais competitivos no mercado nacional e internacional — destaca Jamis Piazza.

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O economista Alison Fiuza também citou o investimento em educação e qualificação profissional como prioritários para Santa Catarina.

— Esse pilar deve ser pensado desde o ensino básico, com a inserção de conteúdos que incentivem o empreendedorismo e a educação financeira. Além disso, políticas voltadas à qualificação profissionalizante da mão de obra focada em cursos técnicos que atendem às potencialidades econômicas de cada região do estado podem ampliar a produtividade e a competitividade da economia — destaca Alison Fiuza. 

Ao analisar os planos de governo dos candidatos, é possível notar semelhanças nas propostas para economia. Por isso, o economista Jamis Piazza acredita que as medidas econômicas não definirão o ganhador das eleições.  

— Se nós olharmos os programas, eles são bem idênticas. Eles falam muito nos pilares de empreendedorismo, educação e infraestrutura. Não podemos dizer que nenhum tem um diferencial que possa ganhar mais ou menos votos dentro dessas propostas — destaca.

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