alexandre
(Foto: NSC Total )

Devido à necessidade de ficar em casa, a adaptação das empresas ao trabalho remoto, pelo menos daquelas que não eram habituadas a tal formato, foi rapidamente acelerada. Essa mudança tem um impacto especialmente maior nas organizações que antes da pandemia não tinham essa política, mas precisaram aderir para sobrevivência do negócio.

Continua depois da publicidade

Assim, centenas de organizações direcionaram times inteiros para trabalhar de casa em poucos dias. Com o aumento do número de casos de Covid-19, grandes empresas já anunciaram que manterão suas operações neste formato remoto pelo menos até o fim de 2020, com a possibilidade de estender ainda mais.

Especialmente em função do desenvolvimento da tecnologia, o trabalho fora de um escritório físico se mostra como uma tendência aplicável, mas exige cautela. Os líderes e seus times de gestão de pessoas precisam estabelecer boas práticas de comunicação e conexão com as pessoas para manter em dia não somente o trabalho remoto, mas a saúde mental de cada colaborador, pilar que sofre maior impacto com a distância.

O home office veio para ficar e se mostra como o futuro do trabalho. No entanto, como fazer a gestão emocional dos colaboradores nas organizações que adotaram o modelo se mostra o novo grande desafio. Muitas pessoas se adaptaram bem a essa nova realidade, mas para outras alguns pontos ainda são muito desafiadores, trazendo ansiedade, oscilações de humor, insegurança e dificuldade de concentração — principalmente por não terem a opção de sair de casa.

Continua depois da publicidade

Cada pessoa encontra uma forma de lidar com esses sentimentos conflitantes, mas cabe também aos gestores um papel muito importante de orientação e disponibilidade junto a essas necessidades. Assim, fazer a gestão emocional nas organizações passa a ser um desafio diferente com o qual as lideranças precisam trabalhar neste cenário. 

O primeiro passo para realizar ações em prol da saúde mental do time é o empreendedor estar bem consigo mesmo. A liderança possui um importante papel de motivação e engajamento do time, de modo que precisa estar firme para transmitir segurança aos colaboradores. Porém, não é uma missão fácil, até porque o empreendedor também está enfrentando os efeitos da pandemia, estando ainda à frente de uma situação instável do negócio.

> Coronavírus: pesquisadores estudam como a pandemia afeta os sonhos dos brasileiros

Em um segundo momento, é preciso desenvolver novas formas de praticar gestão de pessoas, pensando principalmente no estado emocional dos colaboradores e em como isso pode influenciar no seu trabalho e na forma como ele vai receber a sua comunicação. Um exemplo prático disso é o uso da tecnologia em processos remotos, como coleta de feedbacks e pesquisas de clima organizacional. Assim, com base em ações como essas, é possível extrair dados que orientem a tomada de decisão quanto à gestão emocional nas organizações, entendendo como está o dia a dia das pessoas e como a empresa pode ajudar cada caso.

Por fim, o principal elemento que precisa ser trabalhado para nortear toda a gestão emocional nas organizações é a comunicação. Transparência nos processos ajuda o colaborador a se sentir mais seguro quanto ao real cenário da empresa e até mesmo a desenvolver alguma empatia nos casos de desligamento, o maior medo das equipes neste momento.

Continua depois da publicidade

O trabalho remoto é um caminho sem volta. A pandemia trouxe diversas dificuldades, mas ao mesmo tempo também possibilitou novas oportunidades, como desenvolvimento de habilidades de liderança e resiliência para os empreendedores. Cabe a nós aproveitá-las.