O primeiro alimento de um recém-nascido é o leite materno, mas em alguns casos a amamentação não é possível por diversos motivos, quando, por exemplo, a mãe não produz leite suficiente para amamentar o bebê.

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A situação, em caso de crianças prematuras, pode levar o recém-nascido a óbito, conforme explica a enfermeira e coordenadora do banco de leite do Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, Angela de Araujo Werner Huber. 

— O leite materno tem todos os nutrientes que o bebê precisa quando nasce, vitaminas, proteínas e células de defesa. É essencial que eles recebam esse leite. Agora imagina para os prematuros, que o gastro intestinal não está preparado para receber qualquer outro alimento — diz.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação materna pode reduzir em 13% a mortalidade infantil até os cinco anos, além de prevenir doenças respiratórias e gastrointestinais, alergias e diabetes.

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Santa Catarina conta com 14 bancos de leite espalhados pelo Estado. Três deles na Grande Florianópolis – um no Hospital Regional de São José, outro no Hospital Infantil Joana de Gusmão e um na maternidade Carmela Dutra. Segundo dados do Estado, cerca de 300 mililitros de leite podem alimentar até 10 recém-nascidos.

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O funcionamento dos bancos é regulamentado por uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde, que garante a segurança do processo. Após a coleta, o leite é analisado e pasteurizado. Em seguida, é distribuído de acordo com as necessidades específicas de cada recém-nascido internado.

— Qualquer quantidade doada é importante, se a mãe tem leite excedente, pode doar — explica a enfermeira. 

No Hospital Regional de São José, cerca de 50 recém-nascidos recebem, por mês, compartilhamento de leite materno. É o caso de Gael, filho de Juliana Gomes, que nasceu prematuro de 29 semanas e agora, com três meses, está prestes a ganhar alta. 

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— Quando eu vi o meu filho e não pude amamentar, eu sofri. Não tinha o meu, mas tinha outras pessoas que fizeram isso por mim, sentimento de gratidão por cada um que ajudou de alguma forma. Cada gotinha é importante — conta. 

Confira onde doar em SC

  • Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Telefone: 48-3251-9141
  • Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis. Telefone: 48-3251-7552
  • Hospital Regional de São José, em São José. Telefone: 48-3664-9784
  • Maternidade Darcy Vargas, em Joinville. Telefone: 47-3461-5704
  • Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. Telefone: 47-3249-9400
  • Secretaria Municipal de Saúde de Blumenau. Telefone: 47-3381-7570
  • Maternidade D. Catarina Kuss, em Mafra. Telefone: 47-3641-4847
  • Hospital e Maternidade Jaraguá, em Jaraguá do Sul. Telefone: 47-3274-3053
  • Hospital de Rio Negrinho. Telefone: 47-3646-2000
  • Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão. Telefone: 48-3631-7149
  • Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma. Telefone: 48-3445-8780
  • Hospital Helio Anjos Ortiz, em Curitibanos. Telefone: 49-3245-4600
  • Hospital São Francisco, em Concórdia. Telefone: 49-3441-4647
  • Hospital Geral e Maternidade Teresa Ramos, em Lages. Telefone: 3251-0002

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