O avanço dos recursos tecnológicos impacta nosso cotidiano e os diversos setores do mercado e na construção civil este cenário não é diferente. Mesmo que ainda de maneira tímida, os processos da área já vêm sendo otimizados por intermédio da digitalização. Uso de aplicativos, softwares, drones, realidade aumentada, compartilhamento de dados e nanotecnologia são algumas das tecnologias já empregadas nas obras aqui no Brasil. Mas o mercado internacional prevê diversas outras inovações, o que nos faz perceber que o futuro não está tão longe assim.

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Em nosso cotidiano podemos perceber como as possibilidades evoluem todos os dias. Na construção civil, uma das maiores indústrias do planeta na geração de empregos, essas possibilidades se aplicam de maneira a atribuir eficiência às atividades racionalizando o tempo, material e mão de obra desde o planejamento até a execução dos projetos.

Essa mudança de cultura não impacta somente nos custos, mas também nos investimentos, nas oportunidades e na produtividade dos empreendedores do setor. Por meio da tecnologia se pode chegar a resultados melhores e mais sustentáveis.

Esses impactos são causados pela quarta revolução industrial, que insere na construção civil tecnologias que fomentam a competitividade no setor. Na era 4.0 da construção civil, as tarefas, antes desenvolvidas manualmente, agora passam a ser realizadas de maneira mais ágil e automática pelas máquinas inteligentes, recursos oriundos da internet e de softwares.

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Um exemplo é o decreto nº 10.306, que determina a utilização do Building Information Modelling (BIM) na execução de obras e serviços de engenharia, ou seja: as construtoras que tiverem interesse em participar de licitações públicas federais precisarão inserir o BIM na execução dos projetos. Essa ferramenta oferece modelos virtuais que possibilitam visualizar e compreender com clareza o projeto antes de sua execução.

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Outro destaque importante é o surgimento das construtechs, que são startups focadas em desenvolver tecnologias para o setor, sejam elas softwares, equipamentos ou materiais que contribuam para o desenvolvimento das construtoras.

Segundo um levantamento feito pela Terra Cotta Ventures, o crescimento das construtechs avançou 235% nos últimos anos. Eram apenas 250 negócios desse tipo em 2017 e em 2020 já são 839.

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As alternativas tecnológicas não são mais somente um diferencial das empresas voltadas à construção civil, elas se mostram hoje como uma tendência necessária e essencial. Esta é a nova realidade que vem se desenhando e, sem se adequar a essa cultura, as construtoras correm sérios riscos de perder sua competitividade e deixarem de atuar. Inovar com um olhar na transformação digital é, sem dúvidas, uma necessidade latente para que a construção civil brasileira volte a crescer.

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*Por Adriana Bombassaro
COO e co-founder da FastBuilt, construtech que alia inovação e interatividade para aproximar e facilitar o relacionamento das construtoras com seus consumidores