Quando se fala nos impactos diretos da tecnologia no mundo, logo se pensa nas funcionalidades dos smartphones, nas descobertas incalculáveis feitas com poucos ‘clicks’ ou por meio de modelos disruptivos globais como o desenvolvimento dos mercados de transporte por aplicativo, streaming e hospedagem. Bons exemplos é claro, mas que podem se tornar ainda mais significativos quando envolvem diretamente o dia a dia das pessoas.
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Em Joinville, por meio de um simulador que capta informações do trânsito em tempo real, a Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável (Sepud) traça novos caminhos para a mobilidade do município evitando erros na “vida real” e buscando alterações precisas e científicas nos principais gargalos do trânsito. Uma das mudanças evidentes é apontada no trecho da rua Ottokar Doerffel, modificada em julho, com auxílio direto da tecnologia.
Por meio de simulações feitas a partir de um Big Data, a Prefeitura de Joinville começou neste ano a promover mudanças na mobilidade com um sistema que cruza informações de aplicativos de trânsito, de radares georreferenciados e imagens reais que mostram o melhor modelo de fluxo nas áreas críticas do trânsito. Tudo simulado eletronicamente.
De acordo com Danilo Conti, secretário da pasta, no exemplo da Ottokar Doerffel, um dos principais acessos da BR-101 a Joinville, os motoristas passaram a ganhar três dias e sete horas no ano fora do carro considerando aquele trecho. Nos horários de pico, a redução diária entre a manhã e a noite é de 18 minutos. O resultado, segundo a avaliação do Executivo, se reverte em melhoria na qualidade de vida dos joinvilenses que trafegam na região e otimização dos recursos públicos.
Foram gastos R$ 267 mil na alteração, com projeção de retorno com um ganho de produtividade de R$ 1.08 bilhão no ano.
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— Esse ingrediente de inovação que Joinville traz, possibilita à cidade ter uma mobilidade de vanguarda em um curtíssimo espaço de tempo. Acreditamos muito no conceito de cidade humana e inteligente, que nada mais é do que a inovação sendo um meio para as pessoas viverem melhor. E esse exemplo do ‘smart mobility’, para nós, é qualidade de vida na veia — considera Conti.