O Rio Grande do Sul ficou temporariamente fora da rede de envio e recebimento de órgãos e tecidos para transplante devido às enchentes que atingem o Estado desde o final de abril. O motivo é o fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, principal ponto de chegada e saída dos órgãos para transplante.

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O terminal está fechado desde 3 de maio e não tem prazo para reabertura. A BBC News Brasil confirmou a situação da rede de transplantes no Rio Grande do Sul, via secretaria de Saúde do estado gaúcho. Atualmente, 2,7 mil pessoas estão na fila de espera.

A nota da pasta informa que as ofertas da Central Nacional de Transplantes foram suspensas, já que não há acesso ao Aeroporto Salgado Filho. O Ministério da Saúde não respondeu aos questionamentos.

A medida, segundo o chefe da divisão de Regulação Hospitalar do Estado do Rio Grande do Sul, Rogério Caruso, coloca os pacientes que aguardam pelo transplante em risco.

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Esta saída temporária, segundo Caruso, foi uma decisão do Governo do Estado após o fechamento do aeroporto da Capital. A retomada será assim que o terminal puder ser usado para pousos e decolagens. A pista foi tomada pela água.

Segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul é o quinto Estado que mais realizou transplantes em 2023, com 773 procedimentos. São Paulo lidera o ranking, com 2,5 mil.

Como é o sistema de transplantes no Brasil

O Sistema Nacional de Transplantas (SNT) é o responsável pela regulação dos órgãos e tecidos disponíveis no país. O sistema cruza dados do que há disponível com as listas estaduais de pacientes que precisam do procedimento. O transporte dos órgãos e tecidos é feito, normalmente, por via aérea, e levam poucas horas. Em todo o Brasil, há 43 mil pessoas na fila de espera por um transplante.

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