Algumas pessoas acreditam que para definir onde investir basta saber qual é o seu perfil de investidor e escolher os produtos que se encaixam naquele perfil. Porém, muitas vezes, investir em produtos diferentes daqueles que são os mais recomendáveis para o seu perfil pode gerar mais resultados do que investir sempre no mesmo tipo de produto.
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Dessa forma, a diversificação da carteira é a melhor opção para quem quer aproveitar as oscilações do mercado sem abrir mão de certo nível de segurança para o que já conquistou.
— O conceito de diversificação consiste em alocar o dinheiro em investimentos de categorias diferentes e assim mitigar o risco do cliente em cenários de stress do mercado. Não existe uma maneira “certa” de diversificar “x” % em determinado ativo ou em outro. A forma correta é entender o perfil do cliente antes de buscar a melhor alocação — explica o gestor de investimentos e sócio na Warren, Caio Rangel Rengel.
Assim, quando bem feita, a diversificação da carteira de investimentos busca maior rentabilidade com mais segurança. Além de proteger seus investimentos contra riscos específicos dos ativos, a diversificação também costuma trazer um maior retorno ao longo prazo, porque você vai se expor a uma série de classes de ativos, buscando obter o melhor de cada uma delas.
Conhecer seu perfil de investidor ainda é o primeiro passo na hora de investir
Uma coisa é certa: conhecer o perfil do investidor ainda é o ponto de partida de qualquer investimento. Por isso, ressalta-se a importância da aplicação do questionário suitability, que é feito para conhecer o investidor, a fim de saber qual é o seu perfil com base nos seus objetivos para o futuro.
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Esse perfil revelará o quanto o investidor já sabe sobre investimentos, qual a sua experiência no mercado e também mostra sua tolerância ao risco.
— Podemos buscar riscos maiores e consequentemente ganhos ou perdas maiores, mas temos sempre de respeitar o perfil de risco de cada cliente, fazendo um planejamento assertivo ao perfil e buscando os ganhos e riscos necessários para seu objetivo — pondera Caio.
O suitability é um passo obrigatório para bancos e corretoras antes de o investidor fazer sua primeira aplicação. No entanto, o recomendado é que o investidor procure um profissional que vá além do suitability e que entenda qual é o seu momento de vida, a sua realidade e quais são os seus objetivos.
Nível de risco de um investimento pode está atrelado à volatilidade, mas isso não é uma regra
O gestor de investimentos Caio explica que o nível de risco de um investimento, na maioria dos casos, está atrelado à volatilidade, que consiste basicamente nas oscilações no preço de um ativo. Porém, nem sempre a volatilidade é sinônimo de risco.
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Na verdade, a volatilidade é um método estatístico calculado analisando um determinado período, quais foram as variações ou comportamentos que um determinado ativo ou investimento teve, qual intensidade dessas variações e o risco do investimento.
Para saber se a volatilidade compensa o investimento, faz-se o uso do índice de Sharpe, que é um indicador de performance que considera o histórico de um ativo. Esse índice faz uma ponderação dos ativos com menor volatilidade e riscos com aqueles que apresentam maiores oscilações.
Entre as opções para os perfis mais conservadores os produtos mais indicados são:
• Certificado de Depósito Bancário (CDB);
• Letra de Câmbio (LC);
• Letra de Crédito Imobiliário (LCI);
• Letra de Crédito Agronegócio (LCA).
Para aqueles que preferem o risco moderado, indica-se:
• Fundos Multimercado;
• Fundo Cambial;
• Debêntures;
• Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI);
• Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
Agora, para o perfil agressivo, os Fundos de Ações, as próprias ações e os fundos imobiliários e seus derivativos são boas alternativas.
Importância do auxílio de um consultor financeiro na hora de investir
Segundo Caio, é normal que o investidor sinta insegurança quando investe em um produto que representa um risco mais alto do que o seu perfil. Por isso, ele ressalta a importância de um consultor financeiro, profissional que conhece o mercado e os diversos produtos e que deverá indicar quais são os mais adequados para o investidor.
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— É essencial falar com um profissional do mercado, que possa fazer um diagnóstico do seu momento de vida, entendendo objetivos e potencial financeiro, porque não se pode fazer investimentos sem antes conhecer quem é o cliente o que ele faz, sua vida pessoal para entender realmente o seu perfil e, dessa forma, fazer uma recomendação assertiva — ressalta Caio.
E para saber mais sobre o mercado de investimentos, acompanhe o canal Investe Mais.