Durante muitos anos, o carvão foi a principal atividade econômica de Criciúma, maior município do Sul de Santa Catarina. Ao longo da história, a indústria cerâmica se expandiu e também conquistou espaço. Por isso, o a cidade é conhecida hoje como a Capital Brasileira do Carvão e do Revestimento Cerâmico.

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Na região Sul do Estado, a história da indústria cerâmica começa a ser escrita com o empresário Henrique Lage, que fundou a primeira fábrica de louças em 1919, na cidade de Imbituba. Seis anos mais tarde, a unidade começou a produzir azulejos.

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A partir da união de pequenos comerciantes locais, surgiu a primeira cerâmica de Criciúma, a Cesaca. A fábrica foi instalada em 1946. Na década de 1960, a região já tinha grandes nomes da indústria, como Cesaca, Ceusa e Eliane.

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— Em 1966, há uma grande mudança. O grupo Freitas monta, a partir de recursos do BRDE, a Cecrisa. Em um domingo de páscoa de abril de 1971 é inaugurada. É uma grande revolução no setor cerâmico. A mais moderna do Brasil, a indústria começa a fabricar azulejos decorados — conta o economista e professor Alcides Goularti Filho.

Expansão

A partir da década de 1970, o setor expandiu e começaram a surgir empresas menores. Com isso, as fábricas da região passaram a ter destaque nacional, vendendo produtos para São Paulo. Logo, aconteceram as primeiras exportações.

— Em 1973, no Jornal Tribuna Criciumense, tinha uma nota que chamava ‘Criciúma: capital do carvão e cidade dos azulejos’. Então, a partir de meados da década de 70, o setor cerâmico passou a ser uma nova atividade industrial pujante e em franca expansão — salienta Goularti.

Importância

Uma série de fatores fizeram com que a indústria cerâmica se expandisse e se tornasse tão importante para Criciúma e região. Entre elas, destaca-se a qualidade de recursos nacionais disponíveis, a presença da mão de obra e a sua diversificação econômica.

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Segundo o Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Criciúma (Sindiceram), as principais indústrias do setor geram pelo menos cinco mil empregos diretos e milhares de outros indiretos. Isso inclui também cidades como Cocal do Sul, Urussanga e Jaguaruna.

— Quando falamos em produção cerâmica, a qualidade da argila é fundamental para se ter bons produtos. Isso certamente foi um ponto importantíssimo à época. Além disso, existia a mão de obra. E a visão empreendedora de empresários que acreditaram na região, que se tornou um polo produtor que é referência no Brasil inteiro — enfatiza o presidente do Sindiceram, Manfredo Gouvêa Júnior.

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