Uma amizade inesperada e sincera. Foi assim que a relação entre seu Antônio e a cadela Polenta começou ainda no fim de 2022, em Blumenau. O focinho com pelos brancos por causa do avançar da idade e o olhar doce da cachorra de 15 anos encontrada em um supermercado logo conquistaram o coração da família. O que eles não imaginavam era que a pequena vira-lata caramelo se mostraria muito mais do que um animal de estimação depois de ser adotada.
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Isso porque, ao “escolher” seu Antônio como tutor, Polenta não só virou melhor amiga dele como também passou a ajudar o blumenauense a lidar com uma doença sem cura e em estágio avançado: o Alzheimer.
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A cadela foi resgatada pela filha do idoso de 75 anos, Verônica Teixeira Elias. Ela conta que se deparou com a cachorra em um estabelecimento próximo à residência onde moram, no bairro Salto do Norte. Um mês antes, a família havia perdido outra cadela que vivia com eles, na mesma casa, e Verônica não teve dúvidas de que o destino havia se encarregado de colocar a caramelo no caminho deles.
— Vimos ela no mercado, tentou dar alguma coisa para ela comer. No que chamamos ela, vimos que ela também não escutava. Andamos no mercado e vimos que não era de ninguém e aí trouxemos para casa. A gente fala que são sempre eles que nos escolhem, né? — comenta.
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Não demorou para que Polenta se tornasse a fiel companheira do seu Antônio e, com a proximidade entre os dois, a família logo notou os resultados positivos dessa amizade até para o tratamento da doença enfrentada pelo idoso. Isso porque a cadela e o aposentado são inseparáveis e, segundo Verônica, o pai passou a cuidar do animal diariamente, desde o momento em que acorda até a hora de dormir.
— Ele sempre gostou de animais e, para o Alzheimer, eu vejo que essa relação só traz benefícios, maiores do que já seriam se não tivesse a doença. E ele acaba até desenvolvendo senso de responsabilidade junto com ela — comenta.
Essa experiência é, inclusive, comprovada por especialistas. Foi o que explicou o veterinário André Della Giustina em entrevista à NSC TV. Conforme o profissional, um animal de estimação pode ajudar a pessoa com a doença a se concentrar apenas no cuidado ao pet.
Ou seja, o idoso não precisa racionar ou “puxar” algo na memória quando está com o cachorro. A única preocupação, naquele momento, é com o carinho e contato destinado ao animal.
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— Para o idoso é muito interesse ter um animalzinho por perto porque eles atingem um lugar no coração que poucas coisas conseguem. Tira ele um pouco daquele mundo que é, às vezes, um pouco mais pavoroso para quem tem Alzheimer — complementa.
A história do seu Antônio com a Polenta ainda coloca ao centro o tema da adoção de cães idosos que, muitas vezes, não ganham uma nova família por causa da idade avançada. Os benefícios que esses cachorros podem proporcionar especialmente às pessoas mais velhas, porém, é inquestionável, segundo o veterinário André, e pode se transformar em uma amizade tão sincera quanto a vivida pelo blumenauense e a vira-lata caramelo.
— Se você for adotar um cachorro idoso, ele vai tomar o seu coração. Vai ser uma relação muito intensa, apesar de curta, mas vai valer muito à pena — finaliza André.

Com informações de Luis Fernando Machado, da NSC TV
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*Sob supervisão de Augusto Ittner
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