Que a amamentação é um processo essencial para a saúde do bebê, todos sabem. Diversas pesquisas apontam que o aleitamento materno como única forma de alimentação até o sexto mês de vida evita muitas mortes, além de ser fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança.
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Mais do que reforçar a proximidade entre a mãe e o bebê, no momento mais íntimo possível, a amamentação também diminui o risco de incidência do câncer de mama. Isso ocorre devido à diminuição de hormônios que favorecem o desenvolvimento do câncer de mama na fase de aleitamento.
Benefícios da amamentação para a mãe e para o bebê
A médica oncologista Maria Eduarda Meyer, do Centro Especializado de Oncologia de Florianópolis (CEOF), afirma que o leite materno é um dos alimentos mais completos.
– Além de fortalecer o vínculo mãe e bebê, o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida é importante para o desenvolvimento da criança, ajudando a fortalecer o sistema imunológico pela passagem de anticorpos da mãe pelo leite, reduz o risco de doenças alérgicas, ajuda no desenvolvimento da arcada dentária entre tantos outros benefícios – destaca a especialista.
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Além disso, a amamentação também traz inúmeros benefícios para a saúde da mãe. Logo após o parto, o aleitamento acelera a volta do útero ao tamanho normal, reduzindo as chances de sangramento uterino e ajudando na perda de peso. Mas, a longo prazo, outros benefícios são observados. Dentre eles, uma questão muito importante é a redução do risco de câncer de mama, ovário e endométrio.
– Em relação ao câncer de mama, a amamentação é um fator protetor. Quanto mais tempo a mulher amamentar, maior essa proteção. Estudos demonstram que a cada 12 meses de amamentação, há uma redução de 4,3% no risco de desenvolver câncer de mama. Isso quer dizer que amamentar por 2 anos pode levar a quase 10% menos risco de desenvolver a doença – completa a oncologista.
De acordo com a oncologista, esta redução acontece porque, durante a amamentação, ocorrem alterações hormonais que levam à parada da ovulação e da menstruação – e isso diminui a exposição da mulher a hormônios, principalmente o estrogênio, que pode promover o crescimento de células cancerígenas.
Mulheres que já tiveram câncer podem amamentar?
Durante o tratamento, se a paciente estiver recebendo quimioterapia, hormonioterapia ou radioterapia, o aleitamento materno não é indicado, pois essas medicações passam pelo leite para o bebê. Mas, conforme apontado pela médica, após o término do tratamento, não há nenhum problema em amamentar – inclusive reduz a chance de um segundo tumor.
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– Dependendo do tipo de cirurgia que foi realizada no tratamento: retirada parcial ou total da mama, e se não houver comprometimento dos canais do leite, a mulher pode amamentar – reforça a Dra Maria Eduarda.
Com tantos benefícios para mãe e bebê, é importante que a amamentação seja estimulada e orientada pelos profissionais de saúde, e a mãe amparada e auxiliada pelo companheiro e familiares para conseguir manter a amamentação, pondera a médica. Mulheres que já passaram por cirurgia das mamas ou quimioterapia podem ter sua produção de leite reduzida. Então, nesses casos, o acompanhamento de perto com profissional de saúde é essencial.
Mesmo com estes benefícios, a oncologista considera importante lembrar que mulheres que amamentam ou amamentaram ainda podem ser acometidas pela doença. Por isso, é preciso lembrar de realizar os exames de rotina e manter a prevenção em dia.
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