O Presídio Regional de Jaraguá do Sul recebeu nesta terça-feira uma comitiva que debateu ações para que sejam liberadas as visitas dos advogados aos presos. A atividade foi suspensa desde que a paralisação dos agentes penitenciários começou, no dia 17 de março.

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A comitiva foi formada pela juíza da Vara Criminal Anna Finke Suszek, os promotores Marcio Cotta e André Miliori, o presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jaraguá do Sul, Romeo Piazera Júnior, a secretária geral da subseção da OAB, Luciane Mortari Zechini, e o defensor público George Sodré.

O promotor André Miliori comenta que a subseção da OAB deve avaliar uma forma dos advogados visitarem os detentos que defendem sem prejudicar a greve. Segundo ele, uma alternativa é que durante a paralisação a entrada dos profissionais ocorra duas vezes por semana, com agendamento, para evitar que os presos sejam retirados das celas em vários horários.

Miliori explica que as visitas dos familiares estão liberadas no complexo, mas que a entrada de alimentos e produtos trazidos por eles está proibida porque as revistas não estão acontecendo. Miliori também diz que não foi constatado clima de tensão no presídio durante a vistoria da comitiva.

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Nesta tarde, as duas celas dos presos provisórios da delegacia regional ficaram vazias. Dois suspeitos, um por não pagar pensão alimentícia e outro por violência doméstica, foram transferidos ao presídio após uma negociação entre a juíza Anna Finke Suszek e os agentes penitenciários, que deixaram de receber presos vindos da delegacia. Outros dois ganharam alvará de soltura nesta semana.