Apesar da falta de vagas, das interdições judiciais por condições estruturais e da dificuldade em erguer novas penitenciárias, o sistema prisional de Santa Catarina ainda é considerado modelo para alguns Estados. Uma comitiva do Ceará desembarcou nesta quarta-feira em Florianópolis com o objetivo de conhecer a política de trabalho prisional, realidade para 6.950 detentos catarinenses. Eles representam 38% entre os 18 mil presos.

Continua depois da publicidade

O grupo é formado por autoridades da Secretaria da Justiça e Cidadania do Ceará, entre elas o secretário-adjunto Sandro Camilo Carvalho. A visitação inclui os projetos industriais do complexo penitenciário do Vale do Itajaí, nesta quinta-feira.

A secretária da Justiça e Cidadania de SC, Ada De Luca, disse por meio da assessoria de imprensa que o Ceará fomentará a atividade laboral a partir do modelo catarinense.

Os visitantes conhecerão também o controle interno e externo pelo sistema de monitoramento, sala de revista, rouparia, parlatório,enfermaria, consultórios médicos e odontológicos.

Em 2016, agentes penitenciários do Grupo Tático de Intervenção (GTI) de SC estiveram no Ceará para auxiliar na crise do sistema penitenciário. Em maio daquele ano, ao menos 18 presos morreram em prisões cearenses, a maioria em rebeliões.

Continua depois da publicidade

A Secretaria da Justiça e Cidadania informou que além do Ceará, SC recebeu ano passado as comitivas do Distrito Federal, Rondônia, Tocantins e Espírito Santo. Do exterior o Estado recebeu representantes do governo da Argentina e Paraguai.