Uma comitiva de 13 lideranças políticas, empresariais e produtores da Argentina e Paraguai estão visitando Concórdia, no Oeste Catarinense, para firmar parcerias. Pela manhã eles visitaram empresas que produzem equipamentos para suinocultura e avicultura e visitaram o prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco. À tarde terão uma reunião na sede da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). Amanhã visitam a Embrapa Suínos e Aves, também em Concórdia.

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De acordo com o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, a aproximação com os países vizinhos está dentro do projeto da Rota do Milho, que tem como principal objetivo buscar o cereal nos países vizinhos para abastecer Santa Catarina.

– O objetivo da visita é fortalecer cada vez mais essa parceria. Eles querem nos vender milho e buscar tecnologia. Na Argentina eles têm áreas disponíveis próximo de Santa Catarina mas que não plantam pois não têm demanda, máquinas e nem recursos para investimento. A ideia é firmar contratos de compra futura de milho e parcerias para que possamos levar máquinas para produzir lá e abastecer o mercado catarinense – disse Losivânio de Lorenzi.

No ano passado o estado colheu 2,5 milhões de toneladas de milho e o consumo foi de 6,5 milhões de toneladas. Para cobrir esse rombo o cereal era trazido do Centro- Oeste, a quase dois mil quilômetros, ou até da Argentina e Paraguai. Com a Rota do Milho é possível reduzir a distância até Naranjal, no Paraguai, dos atuais 540 quilômetros, passando por Foz do Iguaçu, para cerca de 350 quilômetros, fazendo a travessia por balsa no rio Paraná, entre porto Piray, na Argentina, e Carlos Antonio Lopez, no Paraguai.

De acordo com um dos coordenadores do Núcleo de Fronteira de Santa Catarina, Flávio Berté, a data de inauguração da Rota do Milho deve ser definida nos próximos dias.

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