O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016 garantiu que a Baía da Guanabara é segura para os atletas e que não há risco para a saúde dos velejadores que disputam, a partir deste domingo, o evento-teste da vela. Em entrevista coletiva na Marina da Glória, sede do evento, os dirigentes informaram que foram realizados testes na água nos cinco locais de competição na sexta-feira.

Continua depois da publicidade

– Os testes foram positivos e podemos confirmar que a água está segura para os atletas – afirmou a gerente de sustentabilidade do Comitê Rio-2016, Julie Duffus.

Durante toda a coletiva de imprensa que marcou o início do evento-teste, os dirigentes se esforçaram para passar a imagem de que as condições na Baía de Guanabara estão boas. Porém, diante da pergunta de que o compromisso era o de total despoluição do local de competição até 2016, o comitê se esquivou da resposta.

– Nossa responsabilidade é a de organizar o evento, garantir a sua boa organização. A despoluição é uma promessa governamental e isso deve ser cobrado deles. Não estou autorizado a falar sobre isso. Não vou me aventurar a falar sobre isso. O Comitê Organizador não tem como falar sobre isso – disse o diretor executivo de Esportes e Integração Paralímpica do Comitê Rio-2016, Agberto Guimarães.

Para falar do tema, a entidade trouxe para a coletiva o velejador australiano Mathem Belcher, campeão na classe 470 masculina em Londres-2012. Curiosamente, durante os treinos na Baía de Guanabara na última semana, foi ele quem achou um cachorro morto boiando na água. Ele também relatou que foi obrigado a interromper a velejada por causa de sacos plásticos.

Continua depois da publicidade

– Muito foi falado sobre poluição. Claro que não é o ideal e espero que não afete a regata. O evento-teste é uma oportunidade única para os atletas conhecerem o local de competição, entender as condições climáticas, o vento – disse o velejador.

No Dossiê de Candidatura, o Rio se comprometeu a despoluir 80% da Baía de Guanabara até 2016. Segundo os dirigentes, em 2009, apenas 12% do esgoto que ia para o local era tratado. E que hoje este número é de 49,5%.