Nenhum ponto da longa lista de recomendações feitas pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México à Promotoria para esclarecer o caso dos 43 alunos desaparecidos há mais de um ano em Guerrero (sul) foi tratado de forma satisfatória – denunciou neste domingo a CNDH.

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O presidente da CNDH elaborou essas propostas em julho passado, após analisar a conclusão da Promotoria, que aponta que os estudantes foram massacrados e incinerados num aterro sanitário de Guerrero, e seus restos mortais despejadas num rio da região, embora apenas um tenha sido identificado em análises feitas com material encontrado na área.

A conclusão foi questionada por organismos internacionais como a CIDH, que criou um grupo de especialistas que esteve no local para investigar o caso durante seis meses.

Das 26 recomendações, duas foram “atendidas parcialmente”; uma teve “avanço mínimo”; três estão em “vias de atenção” e 20 “não foram atendidas”, explicou a CNDH.

A resposta da Promotoria é “insuficiente e imprecisa”, lamentou.

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Estudantes da escola rural de magistério de Ayotzinapa desapareceram na noite de 26 de setembro de 2014 em Iguala imediatamente após serem baleados por policiais corruptos e matadores de aluguel do cartel Guerreros Unidos. Os promotores dizem que eles foram confundidos com a facção de traficantes rival, chamada Rojos.

O caso “atestou o grau de barbárie” e “abandono da lei”, sentenciou a CNDH no texto das suas recomendações à Promotoria.

jg/ll/mm