A Comissão de Relações Exteriores do Senado americano aprovou nesta quarta-feira um projeto do presidente Barack Obama para uma operação militar contra o regime sírio, abrindo a porta para que os senadores debatam a medida na segunda-feira.
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Os membros da comissão deram o seu apoio a uma “intervenção limitada” na Síria, com dez votos a favor e sete contra. Essa ação teria uma duração máxima de 60 dias, com a possibilidade de ser ampliada para 90, sem a mobilização de tropas.
Um grupo de democratas e republicanos se opôs.
O Congresso americano retomará suas atividades na próxima segunda, dia 9, e tanto a Câmara de Representantes – de maioria republicana – como o Senado – de maioria democrata – devem iniciar os debates nessa semana.
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A proposta aprovada pela Comissão, nesta quarta, como reivindicava o senador republicano John McCain, especifica que a política oficial dos Estados Unidos tem como objetivo “reverter a dinâmica sobre o campo de batalha na Síria”.
– Enquanto Bashar al-Assad não se der conta de que vai perder, será impossível negociar com ele um acordo pacífico, ou sua saída do poder – declarou McCain, um ferrenho defensor da intervenção militar na guerra síria.
Também nesta quarta, o secretário de Estado americano, John Kerry, participava de outra audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes. Os republicanos da Casa não parecem dispostos a apoiar Obama nessa iniciativa.
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– Enquanto discutimos, o mundo nos observa, e o mundo não se pergunta se Assad faz isso (usar armas químicas em civis), isso é um fato comprovado. O mundo se pergunta se os Estados Unidos consentirão, com seu silêncio, e deixarão que esse tipo de brutalidade ocorra sem consequências – disse Kerry.
– É um voto de responsabilidade, um voto pelas normas e pelas leis do mundo civilizado – insistiu.
Kerry disse ainda que os países árabes se ofereceram para ajudar nos custos de uma intervenção americana.
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– Sobre se os países árabes ofereceram arcar com os custos e ajudar (na intervenção), a resposta categórica é “sim”, eles ofereceram. Essa oferta está sobre a mesa – anunciou Kerry, na comissão da Câmara.
– Alguns deles disseram que, se os EUA estiverem preparados para fazer as coisas como fizemos previamente em outros lugares, eles vão arcar com os custos. Estão comprometidos com isso – acrescentou.