A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto de resolução que acaba com a votação secreta para a eleição dos presidentes da Casa e das comissões. A proposta, de autoria do senador Pedro Taques (PDT-MT), proíbe votações secretas para quaisquer casos não previstos expressamente na Constituição. Continua depois da publicidade A matéria seguirá agora para análise da comissão que cuida da reforma do regimento interno do Senado. Só depois é que vai para análise dos senadores em plenário. Em relação ao que o Senado prometeu fazer em resposta às manifestações das ruas, foi uma decisão tímida. Há duas semanas a mesma comissão havia aprovado uma proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com todas as modalidades de votação secreta previstas no texto constitucional.
Apresentada em abril pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a PEC permite que todos saibam como os parlamentares votaram nas seguintes hipóteses: cassação de mandato, impeachment de presidentes da República, indicações de autoridades e de chefes de missões diplomáticas; exoneração do procurador-geral da República antes do fim do mandato; e apreciação de vetos presidenciais. Continua depois da publicidade Houve uma reação geral dos senadores e a PEC não avançou em sua tramitação. Senadores da base do governo e de oposição concluíram que tinham escancarado demais as regras do voto e passaram a defender um recuo, com a manutenção do voto secreto para análise de vetos presidenciais e de indicação para ministros de tribunais superiores. O projeto de Taques determina que a eleição para os integrantes da Mesa Diretora seja aberta, assim como veda a possibilidade, atualmente prevista no regimento interno, de permitir ao plenário do Senado de permitir votações secretas quando considerar conveniente.