A comissão de fiscalização liderada pela Prefeitura não deu trégua aos estabelecimentos em situação irregular em uma nova ronda de vistorias durante toda a quinta-feira em Joinville. Projetos pendentes e alvarás em falta foram os principais motivos para a interdição de oito dos dez espaços vistoriados.
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Uma das casas, o Taberna Music Hall, não estava em funcionamento. O único estabelecimento que apresentou a documentação em dia foi o Stoll Bar e Danceteria, no bairro Itaum. Alguns dos estabelecimentos entraram no roteiro por meio de denúncia.
Prevendo que a comissão apontaria problemas na casa, o dono da danceteria Castelo Excalibur, no Comasa, apresentou uma declaração de suspensão das atividades antes que os fiscais avaliassem as instalações. Lá, a interdição se deu por pendências em documentos exigidos pelo Corpo de Bombeiros Voluntários, além da Seinfra e do Crea.
O dono do Castelo, Sílvio Neumann, garante que só pretende reabrir o estabelecimento em junho. Problemas parecidos se repetiram na vistoria do Akuarela Pub, na rua Ministro Calógeras. Apesar de contar com um alvará da Seinfra, o bar Zona Rock, no bairro São Marcos, igualmente precisou fechar as portas porque funcionava sem alvará da Polícia Civil e não conta com projeto de prevenção contra incêndio.
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Caso à parte nas fiscalizações de ontem ocorreu na sede do Estrela da Praia Futebol Clube, no bairro Boa Vista, que também acabou fechado. O problema no local, segundo a fiscalização, é que o espaço conta com serviço de bar, mas não tem alvará para o funcionamento. O presidente do clube, Antônio dos Santos, garantiu que fechará as portas até obter a documentação exigida.
No Bucarein, a casa de shows Plug Bar Interativo também teve problemas com o alvará, já que tinha permissão para atuar apenas como bar. O dono terá que readequar o estabelecimento e solicitar novas vistorias.
No momento da fiscalização, o proprietário, Morgan Popinhak, disse à imprensa que a casa não havia sido interditada. Ele acreditou que poderia abrir o estabelecimento até providenciar a documentação. Mais tarde, a comissão entrou em contato com Morgan e esclareceu o caso.
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Denúncia
No meio da vistoria, a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que a Panificadora São Silvestre, no bairro Santa Catarina, estaria vendendo bebida alcoólica para menores. Ao chegar ao local, a comissão constatou que faltava projeto de combate a incêndio e alvará da Polícia Civil. No pátio do estabelecimento, havia ainda um carrinho de lanches irregular. Um botijão de gás dentro do carrinho oferecia risco aos clientes. O dono fechou as portas e não falou com a imprensa.
Por fim, a comissão voltou à Boate Ivyx Club Mix, uma das primeiras casas vistoriadas, e entregou uma notificação ao proprietário por não apresentar projeto de combate a incêndio aprovado pelos bombeiros. O dono não permitiu que a imprensa acompanhasse. A reportagem tentou contato por telefone com o advogado responsável, mas ele não atendeu às chamadas.