A comissão técnica multidisciplinar formada pela Prefeitura de Joinville já começou a trabalhar para buscar soluções para as palmeiras da Alameda Brustlein, conhecida como rua das Palmeiras. O grupo foi criado para elaborar um plano de manejo do local e de outros jardins históricos do município.
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Os integrantes da comissão fizeram a coleta de solo no cartão-postal da cidade e enviaram para análise técnica na Epagri. Também foi definido um plano de trabalho, com cinco ações iniciais.
Uma das prioridades é a retirada de pregos e fios, além da supressão de quatro palmeiras que estão mortas. A Prefeitura informou que ainda não há prazo definido de quando será feita essa ação. Como as palmeiras são consideradas patrimônio cultural, a retirada deve passar por avaliação da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).
As demais ações previstas são o encaminhamento de um diagnóstico técnico pela Secult aos órgãos competentes para aprovação; os tratos culturais do local; a realização de uma possível viagem para visitação ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro para buscar informações sobre as palmeiras imperiais; e a elaboração do plano de manejo, com a definição de ações e metas a serem cumpridas.
A polêmica envolvendo o trabalho de manutenção da rua das Palmeiras começou em maio, quando a Câmara de Vereadores debateu o tema em uma reunião da comissão de Urbanismo. O assunto foi motivado pela morte de quatro palmeiras. Segundo o especialista em palmáceas, Gervásio Burig, isso ocorreu por falta de cuidados e outras podem ter o mesmo fim se não houver um tratamento adequado.
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Ele ressaltou que é necessário retirar as plantas mortas para que os parasitas que estão hospedados nelas não se espalhem. Também há a possibilidade de algum acidente em caso de queda da copada das palmeiras, que pesa de 50 a 150 quilos.
Burig destacou que o problema mais grave para a saúde das palmeiras é a falta de nutrientes. Segundo ele, há algumas árvores com o sistema radicular aéreo, ou seja, com as raízes para fora da terra. Isso mostraria uma necessidade muito grande por nutrientes.
Atualmente, há três espécies de palmeiras na Alameda Brustlein, mas a maioria é de palmeiras imperiais. Elas têm mais de 160 anos e vieram do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde há plantas com mais de 200 anos.
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