Atendendo recomendação do Ministério Público (MP), a prefeitura de Ascurra instaurou uma sindicância interna para apurar denúncia contra o secretário de saúde do município, Glauber Luiz de Souza (PSD), atualmente afastado do cargo. Uma comissão investiga a suposta cobrança indevida de valores para agendamento e encaminhamento de cidadãos ao atendimento público de saúde.

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A apuração não tem data para ser concluída e o trabalho segue de forma lenta, conforme avalia o presidente da comissão responsável pelo caso, Saulo Luiz Andreani, também filiado ao PSD. Em um mês de análise, nenhum depoimento foi tomado. O primeiro a ser ouvido seria o secretário, que preferiu ficar calado. Disse que irá se pronunciar ao final da investigação.

A segunda parte dos depoimentos seria colhida sexta-feira, mas nenhuma das cinco testemunhas de acusação quiseram falar, alegando não estar acompanhadas de advogado. O presidente da comissão fez novas convocações para amanhã. A pressa está relacionada ao pedido do Ministério Público, que solicitou um relatório das apurações preliminares até quinta-feira. Andreani reconhece a demora, mas diz que entregará o parecer na data determinada.

Desde que o MP solicitou a investigação interna, o prefeito Moacir Polidoro (PSD) determinou o afastamento do secretário por 60 dias. Marlene Krucynski da Silva responde interinamente pela pasta. O chefe do Executivo não quis comentar o caso. Solicitou à procuradora-geral do município que encaminhasse um comunicado informando que, por se “tratar de uma investigação, as reuniões da comissão, por força de lei, são de caráter sigiloso e reservado”, não serão repassados detalhes dos depoimentos.

Paralelo à sindicância interna, o MP e a Polícia Civil instauraram inquérito civil para apurar o caso.

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