De janeiro a agosto, o custo de vida na Capital cresceu 6,11%, taxa inferior à registrada nos primeiros oito meses do ano passado, quando o aumento foi de 7,19%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 9,13%. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor de Florianópolis, calculado pela Udesc/Esag e divulgados nesta segunda-feira.
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No ano, o que ficou mais caro na Capital foi cortar o cabelo e ir à manicure, de acordo com o levantamento da Udesc. Os serviços de cuidados pessoais acumulam a maior alta de janeiro a agosto entre todos os grupos pesquisados, crescimento de mais de 9%.
Mas os produtos alimentares, que têm impacto maior no orçamento das famílias, não ficam muito atrás. A comida industrializada é a vilã: cresceu 8,38% de janeiro a agosto. Entram aí produtos como queijo, cerveja, leite condensado, açúcar refinado, leite em pó e iogurte.
Em agosto, o índice de preços cresceu 0,31%, aumento muito menor que o registrado no mesmo mês no ano passado, quando a alta foi de 0,95%. Também foi menor quando comparado a julho, com aumento de 0,87%.
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Contudo, ainda é prematuro afirmar que há tendência de desaceleração, já que as taxas de crescimento vêm caindo e subindo ao longo do ano. Além disso, foi influenciado por três meses de condições favoráveis para os hortifruti e pela rara queda no preço da energia elétrica.
– A partir do próximo resultado (de setembro) vamos poder dizer se temos uma tendência de desaceleração ou se foi só uma questão sazonal – explica o economista da Udesc Hercílio Fernandes, responsável pelo levantamento.
Dos principais grupos que compõem o índice, a maior alta em agosto foi em outros serviços (de cuidados pessoais), que cresceu 1,86%. A alimentação também subiu (0,32%), puxada pelos industrializados (0,92%) e hortifrutigranjeiros (0,16%), apesar da redução nos produtos de elaboração primária (-0,93%), como arroz e carnes.
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Também não está barato comer fora (+0,20%). A culpada neste caso é a pizza, que ficou 7,61% mais cara no mês passado.
Sobre o índice
O Índice de Preços ao Consumidor (Custo de Vida) de Florianópolis é calculado desde 1968 pela Udesc/Esag e reflete a variação de preços incidentes sobre os orçamentos das famílias da Capital, com base na comparação de preços de 319 itens.