A despeito do aumento da confiança do consumidor, em crescimento desde maio conforme dados da FGV, o comércio varejista ainda não conseguiu reagir no país. Em agosto, o volume de vendas recuou 5,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, 17ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE, na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).
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O comércio varejista nacional retraiu 0,6% em volume de vendas em relação ao julho e 0,5% para receita nominal. Com isso, o varejo acumulou, nos oito primeiros meses do ano, perda de 6,6%. No acumulado dos últimos 12 meses o recuo é de 6,7%.
Para a receita nominal de vendas, os mesmos indicadores apresentaram variações positivas: 6,6% frente a agosto de 2015, 5,1% no acumulado no ano e de 4,1% nos últimos 12 meses.
O segmento de Hiper e supermercados, com variação de -2,2% no volume de vendas em agosto sobre igual mês do ano anterior, foi o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo. Foi a 19ª queda consecutiva do segmento nessa comparação, acumulando, para os oito primeiros meses do ano e em 12 meses, uma perda de 3%. O índice de inflação medido pelo IPCA e a queda na massa salarial foram os fatores que mais pressionaram o setor segundo o IBGE.
Das 27 unidades da federação, 23 apresentaram variações negativas no volume de vendas, em relação ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Os destaques negativos foram para: Acre (-4,2%) e Amazonas (-3,3%), enquanto Paraíba (1,8%), Rio de Janeiro (0,9%), Rondônia (0,7%) e Tocantins (0,4%) mostraram avanço nas vendas frente a julho de 2016.
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