Em todo o país, cerca de 300 mil vagas de emprego temporário estão disponíveis no comércio varejista, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), vinculado à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
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De acordo com o estudo, 293,2 mil comerciantes (28% do total) já começaram ou deverão contratar mão de obra para suprir a demanda de fim de ano – 44% das vagas disponíveis deverão ser ocupadas só em novembro.
Os salários médios de 85% dos trabalhos temporários em 2012 deverão variar entre um e dois salários mínimos (de R$ 622 a R$ 1,2 mil), mais as comissões por vendas. Apenas 1% dos comerciantes pretende pagar mais de seis salários (R$ 3,7 mil). Dessas contratações, a expectativa é que pelo menos 80% sejam efetivados.
– A taxa de efetivação é alta. Muitos varejistas aproveitam o período para fazer troca de funcionários, pois nem sempre há 100% de satisfação em relação ao quadro, com pessoas preparadas e comprometidas. Se os temporários se saem muito bem e têm interesse, as chances são grandes. O trabalho temporário é uma oportunidade de buscar novos talentos – informou o economista do SPC, Nelson Barrizzelli.
As funções mais procuradas são as de vendedor (71%), caixa (26%) e estoquista (17%), atividades relativamente simples de se exercer, que não requerem treinamento especializado, considerando o tempo limitado.
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Os setores em que deverá haver a maior quantidade de vagas nessas áreas são o de vestuário, calçados, tecidos, perfumaria e cosméticos. O estudo do SPC aponta que grande parte das empresas contratantes têm até 9 funcionários (55%) e mais de um estabelecimento (46%).
Entre as características identificadas pela pesquisa do SPC como fundamentais para a contratação são o comprometimento, o dinamismo e a pró-atividade.
Dos total de comerciantes que não pretendem contar com trabalhadores temporários neste fim de ano, 71% alegaram ao SPC que estão satisfeitos com a mão de obra já existente na empresa. Segundo Barrizzelli, esse é um indicativo de que as políticas de qualificação e capacitação conduzidas pelo empresariado têm surtido efeito.