Na loja em que Gisele Quadros trabalha, no comércio popular ao lado do Mercado Público, no centro de Florianópolis, foi dia de limpeza. Ela vende bijuterias e óculos, mas não teve movimento nesta terça-feira devido à greve do transporte coletivo na região. Até a metade da tarde, Gisele havia vendido apenas R$ 25.

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(Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS)

A região central da cidade, onde o comércio geralmente é intenso, estava bem menos movimentada. O impacto da greve era evidente nas ruas Jerônimo Coelho, Filipe Schmidt e Conselheiro Mafra. Karine dos Santos, que trabalha em uma loja de eletrônicos, disse que ¿o movimento pra uma terça-feira está sofrível¿.

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A Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) lamentou o impacto da greve em nota. ¿Mais uma vez, toda uma cidade é punida com uma greve em serviço tão essencial quanto o transporte público. A paralisação do serviço — sem garantia da frota mínima legalmente estabelecida — prejudica toda a população da região metropolitana, causando imensos prejuízos também às empresas, que já sofrem com a grave crise econômica que aflige todos os brasileiros¿, diz a nota. A ACIF representa 4 mil empresas da Capital e pede ao poder público para que assuma a responsabilidade, ¿buscando uma solução urgente visando ao fim da greve e garantindo a disponibilização da frota mínima até que o serviço seja normalizado¿.

Em uma cafeteria na ala norte do Mercado Público, três pessoas foram atendidas de manhã e quatro até metade da tarde desta terça-feira. A proprietária, Janaina Camilo, estima prejuízo de R$ 1 mil. Ela conta, em dias de semana, geralmente o movimento não para. Sua filha, Ticiane Corrêa, de 15 anos, contou que na escola em que ela estuda, em Campinas, São José, até professor faltou por causa da greve, além de alunos.

Saúde e Educação

De acordo com Secretaria de Saúde de Florianópolis, os serviços nas unidades básicas não foram afetados devido à paralisação, já que atendem a população do próprio bairro.

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Já a Secretaria Estadual de Educação informou que também não houve impacto nas escolas estaduais, que trabalham com sistema de zoneamento. No Instituto Estadual de Educação, que atende outro bairros, as aulas ocorreram normalmente, apesar da greve.

A UFSC, Udesc e IFSC também mantiveram as atividades normalmente, com o pedido que os professores flexibilizem as atividades. O mesmo corre em escolas estaduais e municipais.