A confiança do empresário do comércio interrompeu quatro meses de evolução favorável e apresentou desaceleração em janeiro, quando avaliado em médias móveis. O Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), para o trimestre encerrado em janeiro, passou de uma alta de 1,5% no período encerrado em dezembro para estabilidade (0%) ante janeiro. Em janeiro, o Icom ficou em 126,1 pontos, contra 130,3 pontos do mês anterior.
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“Apesar da relativa piora na margem, o resultado continua sugerindo um ritmo de atividade entre moderado e forte do setor ao início do ano”, informou a FGV, em nota oficial.
Segundo a entidade, o recuo observado nas comparações interanuais foi determinado pela piora das expectativas, medida pelo IE-COM, já que o índice de situação atual (ISA-COM) continuou avançando.
No Varejo Restrito, na comparação com o mesmo período de 2011, a queda passou de -0,9% no trimestre terminado em dezembro para um recuo de 1,2% nos três meses terminados em janeiro de 2012. No Varejo Ampliado – que inclui veículos, motos e peças e material para construção – as taxas evoluíram de estabilidade (0%) em setembro para -0,7% em janeiro.
No segmento de material para construção, as taxas interanuais passaram de -4,0% para -5,0%, enquanto o de veículos, motos e peças, que desacelerou após quatro meses consecutivos acelerando, o índice saiu de 8,2% para uma variação de 5,9%.
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No Atacado, para os mesmos períodos, a taxa passou de 4,3% em dezembro para 1,1% em janeiro. Houve avanço em seis dos 17 segmentos pesquisados na Sondagem do Comércio. No Varejo Restrito, houve melhora na evolução da confiança em quatro de nove segmentos pesquisados.
No Varejo Ampliado, houve melhora em cinco dos 13 segmentos, e no Atacado, houve melhora em um dos quatro segmentos, o que demonstra a tendência do atacado de seguir com algum atraso os avanços dos varejos, segundo a FGV.
O Índice da Situação Atual (ISA-COM) do trimestre terminado em janeiro ficou 2,7% superior ao do mesmo período do ano anterior. Em dezembro, a variação havia sido de 2,4% na mesma base comparação.
Na média do trimestre findo em janeiro, 25,4% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 15,3%, como fraca. No mesmo período de 2012, estes porcentuais haviam sido de 27,1% e 19,9%, respectivamente. O Índice de Expectativas recuou 2,0% no período.
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