Desmistificar o investimento em publicidade online e pensar em comércio eletrônico é uma das tarefas que devem estar na lista de prioridades de todo empresário que busca o sucesso.

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Orientações para quem quer investir na área serão apresentadas no eCommerce Meeting Florianópolis, nesta quinta-feira, na Capital. O evento será realizado no auditório do Sebrae (Rua Osmar Cunha, 278, Centro), das 8h às 13h15min, e a participação é gratuita.

No ano passado, o comércio eletrônico faturou R$ 18,7 bilhões no Brasil, 26% mais do que no ano anterior, segundo a e-bit, empresa especializada em e-commerce. E o mercado catarinense está entre os mais promissores para quem pensa em marcar sua presença na internet, atrás apenas do eixo Rio-São Paulo e de Minas Gerais, conforme especialistas.

A receita é testada e aprovada por pequenas e grandes empresas. A Imaginarium, marca catarinense de 21 anos que fabrica objetos para presentes e decoração, foi inovadora no Estado ao marcar presença na rede para anunciar seus produtos e tem campanhas de vendas exclusivas para a internet. O diretor Caio Lodetti conta que hoje o braço online é a loja que mais vende, comparada com os pontos de venda físicos.

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– Entramos no mercado online em 2005 e em 2011 chegamos a crescer em torno de 300% se comparado com o ano anterior. Para isso, investimos 3% do faturamento em patrocínio de palavras-chave no Google e em anúncios pelas redes sociais.

Para que outras possam chegar a esse patamar, o investimento inicial em publicidade online pode ser modesto, começando em R$ 300 mensais de acordo com a abrangência de visualização desejada e podendo chegar a R$ 5 mil, ensina o diretor de marketing da Goomark, Luís Felipe Cota, que fará palestra no eCommerce Meeting Florianópolis.

– A internet não está só na moda, ela é o próximo destino do marketing e a tendência do mercado é que os anúncios sejam muito mais no ambiente online. E para o mercado publicitário, a internet é importante porque está democratizando a publicidade ao igualar as condições de investimento com custo inicial muito mais acessível. É claro que o anunciante tradicional não deve mudar radicalmente de estratégia, mas avaliar o que lhe é mais vantajoso – pondera.

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Para Cristiano Chaussard, diretor da Flexy Negócios Digitais, Santa Catarina está entre os estados mais competitivos do país. O mercado publicitário catarinense, segundo ele, fica atrás de Rio de Janeiro e São Paulo, pioneiros no anúncio online, e de Minas Gerais e Paraná.

Na avaliação de Lodetti, o e-commerce demorou a se consolidar porque o consumidor ainda era tradicional e não se sentia confiante, mas o desenvolvimento de ferramentas de segurança e a adesão de gigantes do mercado de varejo ajudaram a conferir solidez ao segmento de comércio eletrônico.

Entrevista com Luís Felipe Cota, diretor de marketing da Goomark

Diário Catarinense – Por que a mídia online está se tornando tão forte?

Luís Felipe Cota – O empreendedor que tem metas claras de crescimento precisa ter também as perspectivas da venda online. Investir em publicidade online é tão importante hoje quanto era ter uma placa com o nome da empresa na frente da empresa há quatro ou cinco décadas. A cada ano mais empreendedores se dão conta disso e estão marcando sua presença de forma virtual também. A capacidade da banda larga está sendo ampliada e a qualidade das produções na internet e na televisão está melhorando. O próximo passo será a integração de tudo isso, como a Google TV, que chegará ao Brasil no fim do ano. É exatamente por isso que o empresário precisa estar logo na internet, se familiarizar com este universo e compreender melhor como funciona o mercado publicitário online.

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DC – Investimento em publicidade online pode ser feita por qualquer um?

Cota – A mídia online é forte porque você pode segmentar o público da sua propaganda e ter mais assertividade no seu anúncio. A campanha publicitária pode até ser feita pelo próprio empresário, se for um empreendimento de pequeno porte, já que a ferramenta é aberta. Mas o mesmo não vale para negócios maiores, que demandam o serviço de uma empresa especializada. O Google, por exemplo, certifica empresas que promovem os anúncios, audita as contas delas e ainda orienta quais as diretrizes de marketing a serem seguidas.

DC – Quanto custa para o pequeno empresário anunciar na internet e como mensurar o retorno desse investimento?

Cota – Tudo está ligado a para quem ele quer falar, ou seja, qual a abrangência do anúncio. Os valores dos preços levam em conta a quantidade de cliques, o segmento do produto oferecido e a oferta feita pela empresa que intermediam os anúncios online. Em um site de vendas, avaliamos que 2% dos cliques nas páginas se convertem em vendas, enquanto em páginas institucionais a métrica leva em conta que todos os cliques se transformam em intenções de compra nos primeiros seis meses e esse número cai para até 25% dos acessos.

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