Em janeiro, o comércio varejista de Santa Catarina teve um aumento de 15,5% no volume de vendas na comparação com o mesmo mês em 2017, maior que em nível nacional, cuja alta foi de 3,2%. Em relação a dezembro, o avanço estadual foi de 5,1% na série com ajuste sazonal. Os dados, da Pesquisa Mensal do Comércio, foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.

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A alta em SC foi puxada pelo setor de móveis (24,3%) e de supermercados (21,6%). De 11 segmentos pesquisados, apenas dois apresentaram queda em relação a 2017: o de calçados, tecidos e vestuário (-2,4%) e o de livros, revistas, jornais e papelaria (-6,2%).

No comércio varejista ampliado, que inclui também materiais de construção e veículos, o aumento foi ainda maior, de 20,6%, com alta de 42% nas vendas de veículos, motocicletas e peças. No entanto, o representante da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) em SC, Nelson Füchter Filho, diz que os dados da instituição diferem muito dos do IBGE. A Fenabrave registrou, em SC, um aumento de 17,5% nas vendas de veículos em janeiro ante o mesmo mês em 2017.

Conforme o IBGE, a diferença se deve a aspectos metodológicos. Apesar da disparidade, o dado da Fenabrave é também um número positivo, resultado que pode ser explicado por um conjunto de fatores:

— O maior otimismo do consumidor, que é o que mais impacta no nosso segmento, e a macreconomia funcionando, com juros baixos, menos desemprego e inflação menor, contribuíram para esse resultado. Além disso, as montadoras têm conseguido equacionar os custos com as exportações e aumentar a escala, barateando os carros, com promoções mais agressivas nos últimos seis meses – explica Füchter.

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Varejo também cresceu em nível nacional

No Brasil, o incremento 3,2% frente a janeiro de 2017 foi a décima taxa positiva seguida, sendo esse avanço o menos acentuado dos últimos três meses. O resultado positivo foi disseminado entre as atividades, com um pouco mais de destaque para artigos de uso pessoal (10,5%). Tiveram recuos apenas os combustíveis e lubrificantes (-4,0%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-7,3%).