Em um ano com poucas notícias positivas no campo do emprego, o setor do comércio de Joinville conseguiu recuperação para esta época do ano em relação a 2015. Em novembro, o número de novas vagas abertas no segmento em Joinville foi de 238, enquanto no ano anterior foram 142 novas oportunidades. A alta de 67% segue a tendência que já havia sido explicitada pelos representantes do setor na cidade. Em outubro, a Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade esperava aumento de 10% a 15% no número de contratações temporárias. Um crescimento quase insignificante quando comparado com o aumento que realmente foi conquistado pelo setor.

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Por mais que, em números absolutos, 238 novas vagas sejam pouca coisa, ainda se pode interpretar como algo positivo. Com a alta, Joinville quebrou uma sequência de redução no número de novos empregos no comércio no mês de novembro, quando tipicamente ocorre este tipo de contratação. Desde 2011, quando o setor foi responsável por 569 novos empregos no mês, a quantidade de oportunidades vem despencando.

Ainda assim, quando analisado o ano de 2016, o setor continua no vermelho, com a geração de vagas praticamente estagnadas. Desde janeiro até o mês passado, foram fechadas 264 oportunidades. E toda a positividade de novembro pode cair por terra se, passado o período de festas, o número de demissões corroer a pequena gordura deixada por novembro.

Indústria em queda

O efeito das festas de fim de ano sentido no comércio não afetou a indústria. Este segmento voltou a registrar queda na geração de empregos, com 325 vagas fechadas. Não por menos boa parte das grandes empresas da cidade deram férias coletivas. No ano, o setor também continua lento, com abertura de apenas 618 vagas. Se sempre dá para olhar o copo meio cheio, basta lembrar que em 2015 mais de 7,1 mil oportunidades foram fechadas no segmento em Joinville entre janeiro e novembro.

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Sinal de melhora

Olhando os 11 meses deste ano que está prestes a terminar, pode-se dizer que acaba empatado. Foram fechadas 254 vagas, com a queda sendo puxada principalmente pela construção civil (menos 615 oportunidades no período). Em 2015 – ano que nem é lembrado com tanto terror quanto o atual temido 2016 -, nesta época do ano o saldo era de – 6,9 mil vagas.

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* O colunista Claudio Loetz está de férias e volta a escrever neste espaço no dia 10 de janeiro. Sugestões de notas e reportagens no período de ausência do colunista podem ser enviadas para o jornalista Jean Balbinotti pelo e-mail jean.balbinotti@an.com.br ou pelo telefone (47) 3419-2147.