O Carnaval garante a metade das vendas anuais para o comércio de Florianópolis especializado em fantasias e artigos para festas. Para manter o negócio durante o resto do ano, os pequenos empresários do ramo investem em diferentes datas comemorativas e na formação de clientela.
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A Casa Brilho, no Centro da cidade, está há dois anos sob o comando de Adriana Amaro, que trocou toda a mercadoria antiga, de material para confecção, por artigos prontos e mais baratos.
– Meu sonho é ter uma loja no padrão “25 de Março” – diz.
Para este Carnaval, Adriana contratou mais cinco funcionários. A dona conta que, nos 30 dias antes do feriado, passam diariamente pela loja uma média de 50 pessoas. Já de segunda a segunda, na semana do Carnaval, o movimento sobe para até 700 pessoas ao dia.
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Adriana confia no diferencial da loja, que, segundo ela, é a variedade de artigos prontos, para a formação de clientela fiel o ano todo. A margem de lucro sobre cada produto é de 30%.
– É difícil encontrar quem não leve alguma coisa – conta.
No resto do ano, a loja investe em datas como Dia das Bruxas, festas juninas e Dia das Crianças. Nos piores meses (abril, maio, agosto e setembro), vende kits para a animação de festas. Adriana, que investiu R$ 200 mil, ainda não teve retorno e espera resultados em cinco anos.
A Plumas e Paetês, também no Centro de Florianópolis, está há 20 anos no mercado e tornou-se um negócio rentável há 13 anos para a empresária Célia Calandrini.
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– O Carnaval está enfraquecendo para o comércio porque os grandes clubes não organizam os bailes de luxo. E os foliões estão se fantasiando com muito pouco. Com R$ 10 pode sair da loja fantasiado de havaiano, por exemplo. Hoje também está na moda a mortalha e o uso de camisetas, como na Bahia.
Para 2011, Célia espera vender mais do que no ano passado, uma vez que equipou a loja com artigos para as classes A, B e C. Ela acredita que, com o Carnaval começando depois do início das aulas, os colégios organizem gritos de Carnaval e incentivem as vendas.
– O Carnaval é o nosso Natal. O aumento nas vendas chega a 60% em relação a outros meses – diz.
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Escolas não compram em SC
Apesar da oferta de produtos locais, as escolas de samba catarinenses dependem, principalmente, dos fornecedores de fora do Estado para garantir todo o material necessário para os desfiles oficiais.
– Santo de casa não faz milagre. Vendo para os grandes centros – afirma o proprietário da ArtePlumas Artesanato, Rui Medeiros de Campos, que vende as penas das fantasias para a Unidos da Coloninha.