Com faixas e cartazes, comerciantes de 24 boxes do camelô localizado na Avenida Nereu Ramos, no Centro de Chapecó, protestaram na manhã desta quinta-feira contra a retirada do comércio no local. É que venceu nesta quinta o prazo dado em novembro pelo Ministério Público (MP) para a desocupação dos comerciantes e demolição das estruturas clandestinas.
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A alegação do MP é que o comércio é irregular, sem alvará, e está instalado sobre o passeio público, no terreno que abriga uma escola e pertence ao governo do Estado. Segundo o promotor Eduardo Sens Dos Santos, o MP notificou os órgãos responsáveis e os comerciantes ainda em 2017, mas não houve o cumprimento da determinação.
Os comerciantes, porém, cobram do governo municipal a realocação do camelô e a regularização do comércio. Eles trancaram a avenida nesta manhã e caminharam em protesto até a Prefeitura para cobrar uma solução.
A Prefeitura, porém, disse que a Procuradoria do município está cuidando da questão e que o governo aguarda projeto de realocação feito pelos comerciantes para determinar um novo espaço. Em princípio, esse novo espaço seria onde já atuam outros 91 comerciantes no camelódromo central, próximo à Avenida Nereu Ramos. O problema, no entanto, é que 70 deles já assinaram abaixo-assinado contrários à instalação de novos comerciantes no local.
O governo do Estado, por meio da ADR (Agência de Desenvolvimento Regional) de Chapecó, dona do terreno, diz esperar por uma decisão judicial sobre o assunto. De acordo com o MP, caso a ADR e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Chapecó não cumprirem com a determinação de retirada dos comerciantes e demolição das estruturas, vão responder por processos civil, criminal e administrativo.
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