Assustados com uma onda de furtos e roubos nas últimas semanas, moradores e comerciantes dos Ingleses, em Florianópolis, fizeram protestos de manhã e tarde desta sexta-feira por mais segurança no bairro do norte da Ilha. Um grupo fez faixas em que apelou por socorro e prometeu novas manifestações neste sábado no local e na próxima semana na Secretaria de Segurança Pública.

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Os relatos são de que criminosos estão arrombando e furtando diariamente casas e lojas da região da João Gualberto Soares com a Rua Intendente João Nunes Vieira. Eles agem principalmente de motos e além de furtos também há queixas de constantes assaltos a mão armada.

De acordo com a cabeleireira Nineve Almada, 52 anos, uma das organizadoras do ato, a média foi de 30 arrombamentos no último mês e as câmeras da Polícia Militar instaladas nas ruas não estariam todas funcionando. Jaime Freitas, representante regional dos Ingleses na Associação Comercial e Industrial (Acif), afirma que a população não está protestando contra os PMs da região, que já fazem o possível, e sim por um conjunto de ações para a melhoria da segurança pública.

— Precisamos é de infraestrutura. Com o pouco que a PM já tem eles já fazem o máximo que podem — disse Freitas.

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O comandante do 21º Batalhão da PM, tenente-coronel José Nunes Vieira, estava entre os presentes no protesto da tarde desta sexta-feira, além de outros PMs com uma viatura. O comandante afirmou que a PM está fazendo o possível na região. A reportagem também questionou o comando-geral da PM a respeito da situação e a Secretaria de Segurança, mas ainda não obteve resposta.

“Estamos ao Deus dará”

Entrevista: Nineve Almada, cabeleireira:

Desde quando há esse aumento de crimes?

Essa onda vem há algum tempo, só que aumentou bastante no último mês. Temos praticamente um arrombamento por noite. Se contarmos só nas (ruas) gerais temos uma média de 30 comércios arrombados.

Há também casos com violência?

Há sim, com armas também durante o dia. Não tem mais horários críticos, estamos tendo tanto assaltos quanto arrombamentos. Estamos ao Deus dará.

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Qual a reivindicação principal?

Segurança pública. Queremos homens nas ruas, viaturas com giroflex policiando, precisamos que o secretário de Segurança ceda esses homens que estão aí em alguns departamentos para nada.

Há vítimas em residências ou mais no comércio?

Com certeza em residências também. Hoje de manhã, quando estávamos no protesto, uma criança quase em frente a uma escola foi assaltada.

Quais as queixas em relação às câmeras de segurança?

As câmeras foram instaladas, mas elas não têm um suporte técnico para dar manutenção, então pouco adianta. Pelo que se sabe apenas uma que volta para a areia da praia está funcionando.

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