O cenário é comum pelas ruas do Centro de Florianópolis, principalmente nas imediações do Ticen e do Mercado Público. Com a aproximação do Natal, aumentou ainda mais o número de ambulantes ilegais vendendo produtos piratas e de procedência duvidosa. Cansados de concorrer com o comércio informal, comerciantes da região central vão realizar um protesto na manhã desta sexta-feira exigindo mais rigor na fiscalização por parte do poder público.
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De acordo com o vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas da Capital (CDL), Lidomar Bison, o ano de 2016 permanece com uma recuperação lenta e qualquer concorrência desleal impacta diretamente no cenário para pior:
— Será o grito de alerta do empresário que não suporta mais a concorrência desleal a céu aberto e de forma desenfreada — disse.
De acordo com a CDL, nos últimos 18 meses, 14% dos negócios fecharam as portas em Santa Catarina. Desde o ano passado, empresas de diversos segmentos lutam para se reerguer da queda de 3,5% no volume das vendas. Com o fechamento de mais estabelecimentos não será possível gerar tributos, empregos e economia para a cidade.
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Entidades empresariais ligadas ao Fórum de Turismo da Grande Florianópolis (Fortur) e ao Conselho Estadual de Combate à Pirataria (Cecop), também foram convidada para o protesto. A Polícia Militar foi avisada e irá acompanhar o ato.
O protesto está marcado para às 10h, no calçadão da Felipe Schmidt, em frente ao ARS. Em seguida, os comerciantes farão uma caminhada por ruas do Centro. Neste período, o comércio ficará de portas fechadas.
SESP afirma que faz fiscalização diária
Ciente da situação, o secretário executivo de Serviços Públicos (SESP), Wilson Vergílio Real Rabelo, afirma que o órgão faz fiscalização todos os dias, porém explica que a quantidade de fiscais é insuficiente para atender toda a cidade.
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— Fazemos, todos os dias, cinco ou seis apreensões. Mas precisamos do apoio da Guarda Municipal ou da Polícia Militar para fazer estas operações, pois os fiscais estão sofrendo agressões físicas e até ameaças de morte. Nossa atribuição é tirar a mercadoria de circulação, mas não temos como fazer serviço de inteligência para descobrir quem abastece esses ambulantes, isso é competência da Polícia Civil e da Polícia Federal — disse.
O secretário ainda explica que já não tem mais espaço físico para guardar as mercadorias apreendidas, e as dificuldades operacionais são grandes:
— Agora até olheiro estão colocando na porta da secretaria para ver quando saímos. Estamos trabalhando dentro das nossas possibilidades, mas cada dia aumenta mais o número de ambulantes. A gente precisa de ajuda dos demais órgãos de fiscalização, envolver todos e fazer uma grande operação para pegar os contrabandistas que abastecem esse comércio — finalizou.
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