Comerciantes de São João Batista, na Grande Florianópolis, preparam uma manifestação contra a falta de segurança nesta sexta-feira. O protesto começará por volta de 10 horas da manhã. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, Gabriel Angeli Dias, somente na última sexta-feira quatro lojas invadidas.

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Veja o especial sobre o polo calçadista de São João Batista

— A partir das 10h todo o comércio fechará as portas e vamos barrar as duas pontes que dão acesso ao Centro. É uma forma de chamarmos a atenção do governo do estado para o nosso problema — diz Dias.

Principal polo calçadista do Estado, São João Batista mais que dobrou sua população nos últimos quinze anos, saltando de 14,8 mil, no ano 2000, para 32,7 mil em 2015. Para William Souza dos Santos, diretor executivo da CDL, o crescimento populacional veio acompanhado de desenvolvimento, mas também de problemas.

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— Nosso efetivo policial é vergonhoso e não condiz com uma cidade que gera tantos empregos — afirma.

“A nossa parte estamos fazendo”

A Polícia Militar admite a falta de efetivo na cidade como fator preocupante, situação que atinge praticamente todo o Estado, mas garante que está fazendo a sua parte no atendimento das ocorrências.

— A nossa parte, na medida do possível, estamos fazendo. O problema de efetivo é estadual, mas claro que a população não entende e está no direito dela de fazer manifestação. Se conseguirem mais policiais, será ótimo a eles e a nós também — diz o comandante da PM em São João Batista, tenente Sérgio Arlan Pinto Rodrigues.

A PM conta com 16 policiais militares. O comandante lembra que se instalou um clima de onda de violência em razão de uma sexta-feira passada atípica, quando houve roubos e um empresário foi baleado.

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Ele reconhece o problema dos assaltos, principalmente em razão de quadrilhas de fora que buscam se instalar no município.